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27/09/18 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  Transferência de Tecnologia

Rede BioFort quer alcançar 20 milhões de famílias até 2020

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Foto: Eugênia Ribeiro

Eugênia Ribeiro - O feijão-caupi é um dos deatques da Rede BioFort

O feijão-caupi é um dos deatques da Rede BioFort

É meta da Rede BioFort, que é o conjunto de projetos que trabalham pela biofortificação de alimentos, alcançar 20 milhões de famílias no mundo até o ano de 2020. É meta também da rede atingir um bilhão de consumidores de produtos biofortificados até 2030. A revelação foi feita na manhã desta quinta-feira 27, em Teresina, pela pesquisadora da Embrapa Marília Nuti, diretora da aliança HarvestPlus na América Latina, ao falar na Oficina de Monitoramento de Ações e Alcance do Projeto na região Meio-Norte.

Lembrando que pelo menos dois bilhões de pessoas ainda “sofrem com a falta de nutrientes no mundo”, com destaque para países da Ásia, África, América Latina e Caribe, a cientista disse que os cultivos biofortificados e liberados avançaram e  já estão em mais de 30 países. Em outros 60 países a rede trabalha testando cultivares com altos teores de   ferro, zinco e beta caroteno. São produtos como arroz, trigo, milho, milheto, sorgo, mandioca, batata-doce, batata inglesa ou comum, banana, feijão-caupi ou feijão comum e lentilha.

Ao prestar conta dos projetos desenvolvidos no Brasil, o coordenador nacional da Rede BioFort, pesquisador José Luiz Viana, fez uma radiografia dos trabalhos executados e falou dos avanços da biofortificação de cultivares no País. Segundo ele, já foram lançadas e recomendadas cultivares de mandioca, milho, batata-doce, feijão-caupi e comum, num total de 12, todas com altos teores de ferro, zinco e beta caroteno.

O desenvolvimento de cultivares biofortificadas de feijão-caupi pela  Embrapa Meio-Norte, também foi destacada na abertura do evento. O pesquisador Maurisrael Rocha, um dos coordenadores das pesquisas na região, fez um histórico dos estudos e citou as cultivares BRS Xiquexique, BRS Tumucumaque e BRS Aracê,  que hoje dão força à rede.

A oficina, que foi aberta pelo chefe geral da Embrapa Meio-Norte, Luiz Fernando Leite, e  prossegue até a tarde desta sexta-feira 28, buscando aprimorar o monitoramento de ações e de adoção de cultivares biofortificadas na região, discutiu ainda no primeiro dia as estratégias de melhoramento genético e transferência de tecnologias.

Mais de 150 pessoas,  de diferentes áreas do conhecimento e em 14 Estados brasileiros, trabalham no desenvolvimento de produtos biofortificados. Esse rede envolve universidades, centros de pesquisa nacionais e internacionais, associações de produtores, governo, prefeituras e organizações não-governamentais. A Embrapa coordena os trabalho no Brasil, com 15 unidades de pesquisa. O aporte financeiro é da Fundação Bill e Melinda Gates.

Fernando Sinimbu (654 MTb/PI)
Embrapa Meio-Norte

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