O Brasil se constitui no maior produtor mundial de cana-de-açúcar, que é utilizada para a produção de açúcar e de álcool, tendo este último um papel de destaque na implementação do uso de combustíveis de fontes renováveis, em substituição aos combustíveis fósseis. O Estado de Alagoas, o maior produtor da região Nordeste, deverá colher 27,18 milhões de toneladas em área plantada com 464,6 mil hectares nesta safra, seguido por Pernambuco, com uma área plantada de 334,3 mil hectares e produção de 18,80 milhões de toneladas, sendo que estes dois Estados juntos responderão por 70,25% da produção dessa região. A estimativa de crescimento na produção da cana-de-açúcar para atender à demanda mundial, requer o aumento da área plantada e também da produtividade. Para tanto, é primordial o controle da broca gigante Telchin licus, a principal praga da cana-de-açúcar no Nordeste brasileiro, que destrói o interior dos colmos, reduzindo a qualidade tecnológica da cana-de-açúcar como matéria-prima. Dada a inexistência de produtos registrados junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o controle desta praga, e a ineficiência do controle mecânico atualmente praticado, faz-se necessário desenvolver métodos de controle que sejam não somente eficientes, mas também ecologicamente corretos e compatíveis, como, por exemplo, a maximização do controle biológico natural e/ou aplicado. Assim, nematóides entomopatogênicos (NEPs) por serem específicos e letais a insetos, apresentando capacidade de se movimentar no solo e ambientes crípticos, têm sido utilizados em programas de controle biológico em todo o mundo sobre insetos-praga pertencentes a diversas ordens. O objetivo deste projeto gerar tecnologia que contribua para o controle biológico da broca-gigante, por meio do uso de nematóides entomopatogênicos (NEPs), constituindo uma alternativa ao controle mecânico que vem sendo praticado.