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Curso sobre tecnologia de canola
A 8ª edição do Curso de Capacitação e Difusão de Tecnologia em Canola acontece em 26 de março, durante todo o dia, no auditório da Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS). Um dos destaques da programação é a palestra "Avanços tecnológicos e custo de produção de canola".
A cultura da canola é uma alternativa de inverno com comprovado potencial para incrementar a renda, otimizar os meios de produção e beneficiar os demais cultivos de grãos. Além disso, há um mercado a ser explorado, já que a demanda nacional, estimada em mais de 40 milhões de litros de óleo, é abastecida por importações de grãos de canola e óleo bruto. Apesar disso, ao longo da história da canola no Brasil, iniciada na década de 70, a área de cultivo tem ficado muito abaixo do potencial. Nos anos de 1980 e 1990, a área média semeada no país era de 12 mil ha/ano. O cultivo da oleaginosa cresceu expressivamente nos anos 2000, com uma área anual semeada média de 32 mil ha, e alcançou 59.100 ha em 2011, voltando a cair para 42.168 ha em 2013. Em 2014, a área semeada com canola no Brasil foi de 49.730 ha, distribuída em quatro estados: 80,5% RS; 17,1% PR; 1,1% MS; e 1,3% MG (dados levantados junto às empresas de fomento da canola).
De acordo com a pesquisadora de sócio-economia da Embrapa Trigo, Cláudia De Mori, a consolidação do cultivo de uma determinada espécie requer o estabelecimento de um conjunto de tecnologias para a maximização do potencial genético e que garantam a rentabilidade do cultivo, bem como sua inserção em um complexo agroindustrial integrado com fluxo de insumos e comercialização da produção. Até estas condições estarem estabelecidas, estes cultivos têm fortes oscilações de área semeada. A decisão de cultivar canola recai sobre um conjunto de informações de viabilidade tecnológica e econômica relativas à cultura. O aprimoramento das técnicas e insumos para o cultivo de canola nas últimas duas décadas, como as sementes híbridas adaptadas às condições brasileiras e com resistência à doença canela-preta, a definição da densidade de semeadura e do zoneamento, equipamentos de semeadura e fertilizantes adequados, contribuíram na obtenção de rentabilidade econômica. "É importante que o produtor acompanhe o mercado identificando demandas não supridas, monitore os avanços das tecnologias definindo o melhor conjunto de técnicas para obtenção de maiores rendimentos e estabeleça o custo de produção com detalhamento que lhe permita tomar decisões", explica a pesquisadora.
Em levantamento da Embrapa Trigo (documento online "Estimativas de viabilidade econômica do cultivo de canola no RS e no PR"), foi possível estimar os custos de cada item da produção e as variações entre as localidades, fruto dos diferentes sistemas de cultivo adotados pelos produtores. De forma geral, 56,8% representam custos variáveis de implantação e condução de lavoura; 12,2% correspondem a custos variáveis de pós-colheita e os 31% restantes, custos fixos de depreciação e encargos. Os fertilizantes e corretivos representaram de 42 a 48% dos custos variáveis da lavoura. Observou-se diferença de 11% entre os custos variáveis obtidos nos municípios em que se estimou o custo.
A palestra sobre tecnologia e custos de produção será apresentada pela pesquisadora Cláudia De Mori, abrindo a programação, no dia 26/03, às 9h. A programação completa do VIII Curso de Capacitação e Difusão de Tecnologia em Canola está no site da Embrapa Trigo em www.embrapa.br/trigo.
Joseani M. Antunes (9693 MTb/RS)
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