Recursos genéticos no Brasil

Conteúdo migrado na íntegra em: 20/12/2021

 

Apesar de não constar em nenhuma lista de espécies em extinção, a mangabeira apresenta o seu germoplasma bastante ameaçado em diversos estados do Nordeste, como Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, devido à redução da área de remanescentes dos ecossistemas nos quais a espécie ocorre. Essa diminuição vem sendo causada, sobretudo, pela fragmentação florestal, expansão imobiliária e aumento das áreas cultivadas com cana-de-açúcar, coqueiro, pastagens, entre outras atividades. Acredita-se que essa espécie venha sofrendo grande erosão genética e supõe-se que germoplasma de interesse tenha sido perdido sem que, ao menos, fosse registrada a sua ocorrência.

 Uma grande variabilidade em relação aos caracteres morfológicos, fenológicos, fisiológicos e físico-químicos tem sido observada em todas as populações de mangabeira nativas avaliadas no Nordeste.

 Diversas instituições de ensino e pesquisa têm se esforçado na coleta, caracterização e conservação de recursos genéticos de mangabeira. A Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba – Emepa-PB possui o maior banco de germoplasma do país com 540 acessos individuais coletados na Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte e instalado em João Pessoa, Paraíba. A Universidade Federal de Alagoas possui uma coleção com 20 acessos.  A Embrapa Amapá possui 41 acessos, Embrapa Meio Norte com 16 e Embrapa Tabuleiros Costeiros com 14 acessos. Outras instituições como a Universidade Federal de Goiás e Embrapa Cerrados possuem coleções das variedades botânicas dos Cerrados.

Foto: Ana da Silva Lédo

Figura 1. Banco de germoplasma de mangaba da EMEPA-PB.