Mangaba
Importância socioeconômica
Autores
Josué Francisco Silva Júnior - Embrapa Tabuleiros Costeiros
Ana da Silva Lédo - Embrapa Tabuleiros Costeiros
Dalva Maria Mota - Embrapa Amazônia Oriental
Raquel Fernandes de Araújo Rodrigues - Embrapa Tabuleiros Costeiros
Recentemente, o interesse pela cultura da mangaba no Brasil e, mais particularmente nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, tem crescido substancialmente, quer seja pelos agentes diretamente envolvidos nos diferentes segmentos da sua cadeia produtiva, quer seja pelos setores responsáveis pelo desenvolvimento e difusão de novas tecnologias agrícolas e de processamento da polpa.
Além da venda direta aos consumidores em barracas, seja nos mercados e feiras livres seja em construções improvisadas, os catadores de mangaba também repassam o produto para intermediários que distribuem a fruta nos mercados centrais, Ceasas, fábricas de polpas, sorveterias e lanchonetes, localizadas, predominantemente, em Aracaju, Salvador, Recife e Maceió.
Diante desse mercado cada vez mais promissor, nota-se um processo recente de formação de pomares por empresários atraídos pela valorização dos denominados produtos frescos.
As famílias envolvidas no extrativismo da mangaba totalizam aproximadamente 15 mil no Brasil. Nos estados do Nordeste, onde o extrativismo é mais praticado, há uma predominância das mulheres na atividade no Estado de Sergipe, Alagoas e Pernambuco (cerca de 70%), um equilíbrio entre homens e mulheres na Bahia e Paraíba e uma predominância dos homens no Rio Grande do Norte. Em todos os casos, eles afirmam que o extrativismo da fruta chega a compor a renda familiar em até 70% nas épocas de safra. Estima-se que, somente em Sergipe, 2.500 famílias sobrevivam da mangaba.