Até o presente momento, não foi estabelecido um método comercial eficiente para propagação vegetativa da mangabeira, principalmente para a espécie ocorrente no litoral do Nordeste. Neste contexto, a produção em laboratório surge como uma ferramenta da biotecnologia para a clonagem de mudas. Nos últimos anos, esta técnica foi responsável por importantes avanços na agricultura, principalmente no que se refere ao lançamento de novos materiais com características superiores no mercado.

A produção de plântulas germinadas em laboratório é importante para a obtenção de material vegetal para a clonagem da mangabeira. Sementes oriundas de “frutos de vez” devem ter os tegumentos removidos para facilitar a germinação. A adição de 0,3% de carvão ativado no meio de cultura com sais e vitaminas de Murashige & Skoog (1962) - MS promoveu um maior desenvolvimento do sistema radicular de plântulas de mangaba germinadas em laboratório. Os autores obtiveram de 95 a 100% de germinação e ausência de contaminação em meio de cultura MS ou com metade da concentração de sais de MS (½ MS).

Foto: Ana da Silva Lédo

Figura 1. Germinação de sementes em laboratório. 

Em estudos de clonagem da mangabeira em laboratório tem se utilizado hormônios vegetais adicionados ao meio de cultura como o benzilaminopurina (BAP) e ácido indolacético (AIA).

 Apesar dos resultados promissores quanto ao número de brotações, a capacidade de enraizamento da mangabeira em laboratório é baixa. Existem poucos resultados de pesquisa quanto ao comportamento de mudas produzidas em laboratório em condições de viveiro e campo. O sucesso de um sistema de produção de mudas em laboratório depende do controle de grande número de fatores.

Foto: Ana da Silva Lédo

Figura 2. Produção de brotações de mangabeira em laboratório.