As pimentas são utilizadas para o processamento principalmente na forma de conservas e molhos, porém a agroindústria possui diversas outras formas de processamento de pimentas como em flocos desidratados tipo calabresa, em pó tipo páprica e na produção de pastas ou geleias, dentre outras (Figura 1).

Foto: Francisco J. B. Reifschneider

Figura 1. Pimentas nas diversas formas de conserva

É uma prática comum a comercialização para os processadores de pimentas em solução de água, sal e algumas vezes vinagre, embaladas em garrafas PET de refrigerante de 2 L reutilizadas. Apesar de ser uma prática ambientalmente interessante, considerando sua reutilização, mas pode ser considerada arriscada e carece de segurança para a qualidade das pimentas comercializadas com relação às questões de contaminação. Esta prática contraria a legislação sanitária, por isso algumas vezes a fiscalização inibe este tipo de comercialização. Essa prática se tornou comum pela abundância destas garrafas descartadas no meio ambiente, por possibilitarem a visualização do produto e porque geralmente os 2 L corresponderem aproximadamente 1 kg da maioria das pimentas. Algumas garrafas PET são de origem desconhecida ou duvidosa e podem até estarem contaminadas com produtos prejudiciais à saúde.    

A legislação promove a utilização de embalagens novas. Em situações mais satisfatórias, as pimentas são sanitizadas e acondicionadas em bombonas com diferentes capacidades, sendo que as de maior capacidade permitem o revestimento com filme plástico internamente, sendo reutilizadas trocando somente o filme plástico dentro de um sistema de produção. Para a escolha do recipiente adequado é necessário consultar legislação sanitária federal e também estadual, uma vez que podem existir diferenças entre elas. Mas de maneira geral até mesmo para utilização de recipientes novos para acondicionamento das pimentas em soluções de conservas é necessário um procedimento baseado nas boas práticas e toda uma estrutura adequada com alvará sanitário emitido pelo estado ou município.

Existem diversas agroindústrias espalhadas pelo país, algumas de médio a grande porte visando atender os diferentes mercados e muitas de pequeno porte visando atender mais o mercado local (Figura 2). Geralmente as processadoras de pimenta procuram se localizar mais próximo às áreas de produção.
 

Foto: Geovani B. Amaro

Figura 2. Processadora de pimenta de pequeno porte