Pimenta
Mancha-bacteriana
Autores
Alice Maria Quezado Duval - Embrapa Hortaliças
Carlos Alberto Lopes - Embrapa Hortaliças
Duas espécies de Xanthomonas podem causar sintomas em hospedeiras do gênero Capsicum, X. euvesicatoria e X. gardneri. No entanto, atualmente ainda não se dispõe de dados sobre a ocorrência da segunda espécie em lavouras de pimentas no Brasil. A doença é passível de transmissão por sementes. É comum em locais onde prevalecem altas temperatura e umidade, como no período de verão.
Chuvas de vento seguidas de nebulosidade prolongada favorecem a disseminação, a penetração e a multiplicação da bactéria, resultando em ataques severos da doença. Os sintomas mais visíveis aparecem em plantas adultas. As folhas mais velhas são as mais atacadas e apresentam lesões de formato irregular, de cor verde-escura e com aspecto encharcado.
Sob condições favoráveis à doença, as lesões formam manchas grandes e com aspecto ‘melado’ nas folhas. As folhas atacadas amarelecem e caem, sendo esta uma das características mais marcantes da doença (Figuras 1). A desfolha provocada pela doença ocorre de baixo para cima. Nos frutos, a bactéria causa manchas similares a verrugas, inicialmente esbranquiçadas e depois com os centros escurecidos.
Foto: Carlos Alberto Lopes
Figura 1. Desfolha da planta provocada pela doença mancha bacteriana
Controle
- Plantar sementes e mudas isentas do patógeno;
- Tratar sementes de lotes suspeitos com água quente, conforme instruções para sementes de pimentão;
- Evitar plantios em épocas quentes e sujeitas a chuvas frequentes;
- Não usar sementes provenientes de lavouras em que houve ocorrência da doença;
- Não irrigar em excesso, principalmente por aspersão;
- Pulverizar preventivamente com fungicidas cúpricos, que também têm ação bactericida;
- Destruir os restos culturais logo após a última colheita;
- Fazer rotação de culturas, de preferência com gramíneas.