Tobamovírus

Conteúdo atualizado em: 18/02/2022

Autor

Mirtes Freitas de Lima - Embrapa Hortaliças

 

O vírus apresenta ampla distribuição, ocorrendo em regiões de clima temperado e clima tropical. No Brasil, a doença foi relatada, inicialmente, em 2001, em pimenteira e em pimentão.

Inicialmente, os sintomas em plantas afetadas podem não ser muito distintos, o que pode propiciar a disseminação do vírus de plantas doentes para plantas sadias durante a realização dos tratos culturais. Em folhas observa-se mosqueado e mosaico verde-amarelo (Figura 1). Nos frutos, os sintomas são redução no tamanho, malformação, mosqueado e a presença de áreas necróticas deprimidas, afetando sua comercialização. Sintomas como redução no desenvolvimento da planta pode ocorrer quando a infecção ocorre em mudas.

Foto: Mirtes F. Lima
Sintomas de infecção causada por PMMoV em pimenta malagueta.
Figura 1. Sintomas de infecção causada por PMMoV em pimenta malagueta.

O vírus pertence ao gênero Tobamovirus, que é dividido em três subgrupos. O PMMoV pertence ao subgrupo 1, no qual estão incluídos os vírus que infectam solanáceas. O gênero Tobamovirus não está classificado em nenhuma família de vírus.
Nenhum inseto foi relatado como vetor do PMMoV. Este vírus é muito estável, podendo sobreviver por longos períodos em plantas infectadas que permanecem no solo ou em contato com a água. O vírus é facilmente transmitido de planta para planta por meio dos tratos culturais realizados nas plantas. É transmitido por sementes, que constituem o principal meio de disseminação a longas distâncias.

Controle
  • Utilizar apenas sementes livres de vírus ou tratadas. O tratamento de sementes infectadas com fosfato trissódico (Na3PO4) ou com utilização de calor auxilia na redução do vírus presente na semente;
  • Evitar a disseminação do vírus para plantas sadias, pela realização dos tratos culturais, inicialmente, em plantas de lavouras sadias e depois em plantas de áreas infectadas;
  • Utilizar solução de hipoclorito de sódio para descontaminar ferramentas utilizadas em áreas com plantas infectadas;
  • Eliminar plantas daninhas dentro e próximo à área de plantio;
  • Eliminar restos de cultura, pois o vírus é capaz de sobreviver em restos de plantas que permanecem no solo por longos períodos de tempo.