Pimenta
Tospoviroses
Autor
Mirtes Freitas de Lima - Embrapa Hortaliças
Os tospovírus estão classificados na família Bunnyaviridae, gênero Tospovirus. Possuem partículas esféricas circundadas por uma membrana lipídica. A doença é causada por um complexo virótico, sendo que no Brasil, pelo menos três espécies de tospovírus podem ser detectadas em pimenta: Groundnut ringspot virus (GRSV), Tomato chlorotic spot virus (TCSV), Tomato spotted wilt virus (TSWV), diferenciadas por meio da utilização de antissoros específicos.
Esses vírus são transmitidos por pelo menos dez espécies de tripes, sendo Frankliniella schultzei e Thrips tabaci as mais importantes em pimenteira. A relação vírus/vetor é do tipo circulativa-propagativa. Neste tipo de transmissão o vírus é adquirido pela larva do tripes após alimentar-se em plantas infectadas. Após 3-10 dias (período de incubação), no qual o vírus se multiplica no inseto, este se torna apto a transmitir o vírus para plantas sadias, durante toda a sua vida. O vírus não é transmitido à progênie do inseto. Esses vírus não são transmitidos por sementes.
Controle
- Plantar cultivares resistentes;
- Estabelecer plantios em períodos em que a população do vetor seja baixa;
- Situar os plantios de pimenteira distantes de áreas cultivadas com espécies de plantas que sejam hospedeiras do vírus e/ou que possam também abrigar o vetor;
- Evitar estabelecer lavouras novas próximo a plantios mais velhos de pimenteira;
- Eliminar plantas hospedeiras alternativas do vírus e/ou do vetor dentro e nas proximidades da área cultivada;
- Realizar aplicação de inseticidas nas plantas na sementeira e após o transplantio das mudas para o campo.