Ageitec
Pimenta
Lagartas
Conteúdo atualizado em: 18/02/2022
Autores
Alexandre Pinho de Moura - Embrapa Hortaliças
Jorge Anderson Guimarães - Embrapa Hortaliças
Miguel Michereff Filho - Embrapa Hortaliças
A lagarta-rosca A. ipsilon também é considerado um inseto polífago, atacando plantas cultivadas como, por exemplo, algodão, amendoim, arroz, batata, feijão, fumo, melancia, melão, milho, morango, tomate, trigo, plantas ornamentais, diversas espécies de plantas daninhas e silvestres, além de pimenta. Os adultos dessa espécie são mariposas que apresentam 35 mm de envergadura, asas anteriores marrons com algumas manchas pretas e, as posteriores, semitransparentes.
A fêmea deposita seus ovos nas folhas das plantas (1.000 ovos, em média). Estes apresentam coloração branca, de onde eclodem lagartas de coloração pardo-acinzentada escura, que podem atingir até 45 mm de comprimento. As lagartas possuem hábitos noturnos, permanecendo enroladas em abrigos no solo durante o dia, o que deu origem ao nome vulgar “lagarta-rosca”. Após a fase larval, que dura 30 dias, em média, a lagarta se transforma em pupa no solo e permanece nesse estágio por cerca de 15 dias, quando então emerge o adulto.
As injúrias causadas às plantas de pimenta são maiores quando a lagarta-rosca secciona as plantas novas rente ao solo, podendo destruir várias plantas em um único dia, tendo como consequência a redução do número de plantas, sendo necessário o replantio de até 50% da área. Entretanto, essa praga também pode causar graves injúrias em plantas maiores, alimentando-se de seus ponteiros e prejudicando seu desenvolvimento, o que demonstra a importância do monitoramento constante da lavoura.
Controle
Controle
O monitoramento da lavoura já estabelecida deve ser realizado por meio de amostragens, avaliando-se cinco plantas por ponto, em um total de 20 pontos amostrados por talhão, totalizando 100 plantas. Deve-se intervir com medidas adicionais de controle, quando 25% das plantas amostradas apresentarem sinais de ataque da praga.
O controle da lagarta-rosca deve ser feito de forma preventiva, realizando-se aração profunda na área (controle mecânico), de três a seis semanas antes do plantio ou transplantio, a fim de expor as lagartas e pupas da praga à ação dos raios solares e de inimigos naturais, contribuindo assim para diminuir sua infestação. Além disso, deve-se manter a área livre de plantas daninhas e de restos de cultura, tanto após a aração como também após o transplantio, evitando-se o uso de cobertura morta ou restos de capina na área de cultivo, material esse que serve de abrigo e de refúgio para as lagartas e as protege da ação de inimigos naturais ou de outras medidas de controle.