Embrapa Agrobiologia
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Embrapa participa da 3ª Escola Internacional de Bioinsumos
Foto: Arquivo pessoal/Alessandra de Carvalho
Visita guiada nos campos de produção para conhecer tecnologias que serão repassadas para os agricultores assentados
A Embrapa participou, em agosto, da 3ª Escola Internacional de Bioinsumos, evento organizado pela Asociación Internacional para la Cooperación Popular (BAOBAB) e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), que se estendeu entre os dias 12 e 31, na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, localizada no assentamento agroecológico Jacy Rocha, no extremo sul da Bahia. Na ocasião, pesquisadores da Embrapa Agrobiologia (Seropédica, RJ) ministraram aulas sobre manejo da biodiversidade, controle biológico conservativo, bancos de sementes e bioinsumos obtidos a partir de bioativos vegetais, biofábricas e o uso de microrganismos isolados.
A Escola Internacional de Bioinsumos é realizada anualmente em diferentes lugares do mundo e, nesta terceira edição, o Brasil foi o país escolhido. De acordo com a pesquisadora Alessandra de Carvalho, o curso é uma importante contribuição para a formação agroecológica de agricultores e pesquisadores. “O objetivo é criar um espaço de consolidação técnica e construção de propostas relacionadas aos bioinsumos por meio do intercâmbio de conhecimentos e saberes de sujeitos sociais comprometidos com o fortalecimento da agricultura familiar e das organizações populares”, explica.
A Escola Popular Egídio Brunetto também abriga testes de técnicas agrícolas a serem repassadas a agricultores regionais, atuando como uma espécie de unidade demonstrativa e de transferência de tecnologias agroecológicas. “Conhecendo o local e ouvindo dos representantes da Escola as necessidades de incrementar as ações já em desenvolvimento, ficou visível o alinhamento entre o trabalho realizado ali e as diferentes linhas de pesquisa da Embrapa Agrobiologia”, diz Alessandra, que abordou em aula teórica tópicos como bases do controle biológico conservativo, utilização das plantas a favor do controle biológico de pragas e identificação dos agentes naturais de controle de pragas agrícolas.
Houve também uma atividade prática, no campo de produção agroflorestal de café, cacau, frutas e hortaliças da escola, quando os participantes puderam fazer o reconhecimento e a coleta dos agentes de controle biológico em seu ambiente natural, de modo que conseguissem visualizar e entender melhor os conhecimentos passados na parte teórica. “Me surpreendeu a rapidez com que os alunos capturaram agentes de controle biológico no campo. Eles também ficaram surpreendidos pela diversidade de aranhas, besouros e outros inimigos naturais encontrados em um único local, e em tão curto espaço de tempo”.
De acordo com a pesquisadora, apesar de terem interesses variados, o que prevaleceu em comum entre os participantes foi a diversidade produtiva e a produção familiar, agroecológica ou em transição. “Eles estavam muito interessados em ouvir alguns exemplos e participaram intensamente com perguntas, fazendo com que o curso se estendesse para o período da tarde. Isso tornou tudo mais dinâmico”, conta.
No total, participaram em torno de 40 pessoas de diversos países — Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Guatemala, Catalunha, Noruega, entre outros. Além das aulas e palestras de convidados, os participantes inscritos também tiveram a oportunidade de apresentar suas vivências no seu país de origem em sessões que ocorreram todos os dias na parte da noite.
Liliane Bello (MTb 01766/GO)
Embrapa Agrobiologia
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