O Governo do Tocantins realizou, na primeira semana de setembro, a primeira edição da Rota da Fruticultura no Tocantins, percorrendo um total de aproximadamente 2 mil quilômetros entre o Sul e o Norte do Estado. Banana, manga, maracujá, melancia, abacaxi e cacau foram algumas das frutas contempladas no trajeto, que envolveu cinco municípios importantes para a cadeia da fruticultura tocantinense: Dianópolis, Barrolândia, Miracema, Itapiratins e Tocantinópolis. “O principal objetivo foi fazer uma interlocução entre o governo estadual e os produtores, para escutar o setor, discutir estratégias de melhoria e gerar demandas de pesquisa”, destaca o pesquisador da Embrapa Raul Castro. Em 2011, quando entrou na Embrapa – então na Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas, na Bahia –, Raul participou de uma missão especial para auxiliar no desenvolvimento de polos produtores de frutas no Tocantins – especialmente do sistema de produção de abacaxi. “O estado era muito dependente da importação de frutas de outros estados da federação. Hoje, é um importante polo de produção de abacaxi no Brasil, muito em função da alta qualidade dos frutos”, destaca. O primeiro dia da Rota da Fruticultura passou pelo distrito de Manuel Alves, no município de Dianópolis, com foco sobretudo em banana, manga e melancia. Na ocasião, a secretária-executiva da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro) afirmou: “A fruticultura é uma atividade forte em nosso estado, gerando economia, emprego e renda.” Segundo ela, a atividade deve incentivar ainda mais a obtenção de conhecimento sobre tecnologias para aumentar o potencial da produção de frutas. Depois de conhecer o Projeto de Irrigação Manuel Alves, que hoje conta com cerca de 50 produtores de banana, melancia, manga, maracujá, abacaxi e coco, entre outras frutas, com potencial para expansão em ainda 60% da área total, o grupo seguiu para Barrolândia, onde foi abordado especialmente o sistema de produção de abacaxi. Em seguida, na cidade de Miracema, os olhos se voltaram sobretudo para o maracujá, na Chácara Dona Lurdes. O proprietário, José Resende, é conhecido antigo da Embrapa. “Ele é referência da agricultura do Estado e é meu melhor caso de sucesso quando o assunto é a busca de novas tecnologias para o avanço do maracujá no Tocantins”, afirma Raul. Em Itapiratins, já no Norte do Estado, o principal foco foram as tecnologias para a produção da citricultura, especialmente laranja e limão. Por fim, na região de Tocantinópolis, a discussão abarcou novos cultivos, como cacau, banana e o uso de agroflorestas.