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16/01/19 |   Agroecologia e produção orgânica

Publicações da Embrapa recomendam insumos e práticas de manejo em agroecologia

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Foto: Márcia do Carmo

Márcia do Carmo - Adubo orgânico resultante do processo de compostagem, um material de boa qualidade, sem mau cheiro e não atrai moscas e outros insetos e nem roedores.

Adubo orgânico resultante do processo de compostagem, um material de boa qualidade, sem mau cheiro e não atrai moscas e outros insetos e nem roedores.

Tecnologias e recomendações para produção de composto orgânico, biofertilizantes e adubação verde com leguminosas são os temas de novos folderes técnicos e de boletim de pesquisa da Embrapa Amapá, como parte de uma programação de disseminação da informação voltada para a agroecologia no estado. O folder “Compostagem Orgânica” traz dicas para um processo bem-sucedido de compostagem, desde a etapa da seleção do local até a separação dos fragmentos de resíduos pouco compostados. A produção de composto orgânico consiste na decomposição controlada de resíduos de origem vegetal e animal. Com a compostagem é possível obter um material de boa qualidade e estável, ou seja, sem mau cheiro, e que não atrai moscas e outros insetos e nem roedores. O engenheiro agrônomo pesquisador Wardsson Lustrino Borges destaca uma recomendação no folder. “É importante atentar para o fato de que nunca se deve colocar na pilha de compostagem resíduos que não sejam de origem orgânica, como solo, plástico (sacolas e garrafas tipo pet), metal (alumínio) ou madeira tratada com pesticidas ou verniz”.  

O folder “Produção de Biofertilizante” apresenta o modo de produção de biofertizantes de forma aeróbica e anaeróbica e o uso deste tipo de insumo, além da lista de materiais necessários. De acordo com Borges, “a produção de biofertilizantes consiste na condução controlada do processo de digestão de resíduos orgânicos. O biofertilizante pode ser enriquecido com a adição de nutrientes, durante o processo ou ao final”. A digestão é o consumo e a transformação dos resíduos orgânicos, por meio da ação de diversos micro-organismos,  proporcionando sua estabilização. Ao final do processo obtém se um biofertilizante líquido sem cheiro desagradável e que pode ser aplicado nas plantas ou no solo. Entre as vantagens do uso contínuo de biofertilizantes estão a ciclagem e fornecimento de nutrientes como o fósforo, o potássio e o nitrogênio; aumento do teor de matéria orgânica e da capacidade de troca de cátions do solo;  correção da acidez e dos teores de alumínio do solo; fornecimento de nutrientes em proporção adequada para as plantas; produção de plantas mais saudáveis e melhor controle de pragas; redução da necessidade de aquisição de insumos externos à propriedade; maior atividade biológica no solo (micro-organismos e insetos).

Adubação Verde para pequenas, médias e grandes propriedades

Adubação Verde” é o título do folder que aborda a adoção da adubação verde com espécies de leguminosas, prática que colabora para a redução das emissões dos gases causadores do efeito estufa e fornece nitrogênio aos sistemas de produção. O autor explica que a adubação verde é uma prática secular que proporciona diversos benefícios ao solo e ao meio ambiente. “Essa prática pode ser adotada em pequenas, médias e grandes propriedades, bem como, para produção tanto de olerícolas (alface, tomate, couve, quiabo), grãos (milho, soja, sorgo) ou espécies perenes (café, laranja, açaí e cupuaçu)”. Os itens tratados no folder são pré-cultivo, cultivo consorciado, adubação verde móvel e critérios para escolha das espécies. 

Ainda no âmbito da adubação verde, o boletim de pesquisa da Embrapa Amapá intitulado “Cobertura do Solo, Acúmulo de Biomassa e de Nutrientes em Leguminosas para Uso Como Adubo Verde”, resulta de estudos com o objetivo de avaliar a capacidade de cobertura do solo, o acúmulo de biomassa e nutrientes na parte aérea de quatro espécies de leguminosas fixadoras de nitrogênio: mucuna, crotalaria juncea, e ochroleuca e feijão guandu. “A mucuna foi capaz de cobrir totalmente o solo e protegê-lo da ação direta das chuvas e a crotalaria ochroleuca acumulou mais de 180 quilos de nitrogênio nos tecidos, evidenciando a viabilidade de utilização destas espécies nas condições do Amapá”, ressaltou o pesquisador Borges, doutro em Ciências do Solo. Neste boletim são co-autores Wardsson Lustrino Borges, pesquisador da Embrapa Amapá; Daniela Conceição de Jesus Souza, cientista ambiental da Universidade Federal do Amapá (Unifap); e Danielle Miranda de Souza Rodrigues e Rayane da Mota Rios, engenheiras florestais e mestrandas em Biodiversidade Tropical da Universidade Federal do Amapá (Unifap).

Para ter acesso às publicações na íntegra, clique no link correspondente a cada tema.

Compostaqem orgânica:

https://www.embrapa.br/amapa/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1102843/compostagem-organica

Produção de Biofertilizante:

https://www.embrapa.br/amapa/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1102810/producao-de-biofertilizante

Adubação Verde:

https://www.embrapa.br/amapa/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1102804/adubacao-verde

Cobertura do solo, acúmulo de biomassa e de nutrientes em leguminosas para uso como adubo verde:

https://www.embrapa.br/amapa/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1102721/cobertura-do-solo-acumulo-de-biomassa-e-de-nutrientes-em-leguminosas-para-uso-como-adubo-verde 

Dulcivania Freitas (DRT-PB 1.063/96)
Embrapa Amapá

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