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Definição de padrão de identidade e qualidade, valor nutricional e aplicações do óleo do híbrido interespecífico de palma

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O óleo de palma responde por um terço do total de óleo vegetal produzido e comercializado do mundo e, devido à sua elevada produtividade, é capaz de gerar dez vezes mais óleo por hectare do que a cultura da soja. A palma de óleo africana Elaeis guineensis (Eg) é cultivada principalmente no Estado do Pará, entretanto, em algumas áreas a cultura foi dizimada pelo amarelecimento fatal (AF), doença ainda sem etiologia definida, sendo substituída pelo híbrido de Eg e da palmeira Elaeis oleífera (Eo) chamada de “caiaué” nativa da América do Sul e Central. A Embrapa é a única instituição nacional a desenvolver um programa de melhoramento genético do dendê e do caiaué e lançou em 2010, um dentre os três únicos híbridos interespecíficos (HIE) de palma comerciais registrados no mundo (BRS Manicoré). Atualmente, a produção de óleo do híbrido no Pará é estimado em 7000 ton/ano mas houve um aumento significativo da área plantada nos últimos anos, especialmente com o BRS Manicoré. Pouco se conhece sobre a composição do HIE, mas alguns dados publicados indicam que pode apresentar maior conteúdo de ácido oléico, de carotenóides e de tocoferóis e tocotrienóis e menor acidez que o óleo da palmeira africana. A Colômbia também produz óleo de híbrido de palma e desde 2013 está pleiteando junto ao Codex Alimentarius um padrão internacional para este óleo, com características de composição que representam o produto daquele país e o Brasil não tem dados de composição do produto nacional para subsidiar o padrão. O padrão do Codex Alimentarius é referência internacional para os países, para a Organização Mundial do Comércio e para a legislação brasileira. Neste projeto, propõe-se determinar o Padrão de Identidade e Qualidade do óleo do híbrido interespecífico (HIE) de modo a subsidiar a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) frente às demandas do Codex Alimentarius e o Ministério da Agricultura (MAPA) e as câmaras setoriais de óleo de palma quanto à composição e qualidade do óleo. Além disso, o valor nutricional do óleo devido à presença de carotenoides que são pró-vitamina A, de tocoferóis e tocotrienóis com atividade de vitamina E de esteróis, além das características físicas e de estabilidade do óleo serão determinadas. O projeto também dará suporte ao melhoramento agronômico de plantas de híbridos em cultivo na Embrapa. Serão avaliadas alternativas de uso do óleo para consumo direto em virtude de sua baixa acidez e maior valor nutricional, além de outras aplicações na culinária e na fritura. O projeto além de contribuir com o marco regulatório do produto, trará subsídios para o mercado do óleo e para os consumidores, tanto em relação às características de composição e qualidade quanto em relação ao seu valor nutricional, além de indicar novas formas de utilização que podem favorecer a comercialização e agregar valor ao produto.

Ecossistema: Amazônico

Situação: concluído Data de Início: Sun May 01 00:00:00 GMT-03:00 2016 Data de Finalização: Tue Apr 30 00:00:00 GMT-03:00 2019

Unidade Lider: Embrapa Agroindústria de Alimentos

Líder de projeto: Rosemar Antoniassi

Contato: rosemar.antoniassi@embrapa.br