A vitivinicultura brasileira possui grande importância social, com alto impacto no desenvolvimento regional em relação a outras atividades agrícolas. Tem sustentado a diversidade da produção agrícola em grande número de pequenas propriedades de muitos municípios de, pelo menos, doze estados brasileiros, aportando benefícios nos índices de qualidade de vida, geração de emprego, renda e fixação do produtor na atividade primária. Nos últimos vinte anos, a atividade tem passado por profundas transformações, com destaque para a formação de novos polos de produção em regiões de clima temperado, subtropical, clima tropical semiárido e de altitude. Essa nova viticultura sofre pelo seu pioneirismo, estando atualmente em uma fase crítica, na qual a geração de conhecimentos e tecnologias significa a diferença entre o sucesso, com progresso social e econômico das regiões e comunidades envolvidas, ou a retração até a extinção da atividade, com todas as consequências negativas daí decorrentes. Nesse contexto, o projeto busca contribuir para a competitividade da produção brasileira de vinhos mediante a realização de pesquisas para a melhoria da qualidade dos produtos atuais e da criação de novos produtos. O projeto, executado em parceria com vitivinicultores dos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, de São Paulo, da Bahia e de Pernambuco, pretende desenvolver novos produtos em regiões vitivinícolas de clima temperado e tropical, com alto potencial de benefícios para a saúde e com novas técnicas de vinificação. Como principais resultados esperados, destacam-se o desenvolvimento de método de avaliação da maturação para definição de ponto de colheita de uvas finas, a elaboração de novos vinhos espumantes finos tintos e novos vinhos tintos finos licorosos, a elaboração de novos vinhos finos brancos e tintos, bem como vinhos espumantes brancos e rosés em regiões de clima temperado de altitude. Além disso, estima-se realizar a caracterização bioclimática das regiões vitícolas de clima temperado de altitude, bem como a elaboração de novos vinhos finos tranquilos e espumantes em regiões de clima tropical de altitude, a avaliação de novas variedades de uva e de tecnologias de vinificação para vinhos de mesa, o desenvolvimento de estudos com novas linhagens de leveduras para vinhos de diferentes regiões do Brasil ea validação econômica dos novos produtos e processos de elaboração. Os principais impactos esperados são de ordem econômica e social, tais como o incremento das opções tecnológicas à disposição dos produtores de vinhos; aumento do potencial enológico das uvas, da qualidade e do valor agregado dos vinhos; aumento da notoriedade e do desenvolvimento social e econômico das regiões produtoras; ampliação da oferta de produtos à disposição dos consumidores; racionalização dos custos de produção; geração de informações para adequação de programas de desenvolvimento de regiões demarcadas com status de Indicação Geográfica; geração de novos conhecimentos sobre as características funcionais de uvas e vinhos, com benefícios a produtores e consumidores e ampliação das possibilidades de produção com menor impacto ambiental.