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07/07/16
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Transferência de Tecnologia
Embrapa Pantanal atende demandas e leva conhecimento a outros países
Instalada em Corumbá (MS), município que faz fronteira com a Bolívia, a Embrapa Pantanal tem sido frequentemente requisitada por instituições para colaborar com o desenvolvimento da agropecuária do país vizinho. O pesquisador Alberto Feiden, da equipe de agricultura familiar, foi procurado em abril para transferir tecnologias a produtores bolivianos que pretendem cultivar hortaliças no modelo agroecológico. Eles representavam a Secretaria de Desenvolvimento Produtivo do Governo de Santa Cruz, a FTE (Fundacion Trabajo Empresa) e a Sedacruz (Serviço Departamental Agropecuário de Sanidade e Inocuidade Agroalimentar de Santa Cruz). A preocupação dessas entidades é com o uso de agrotóxicos pelos agricultores familiares bolivianos. No dia 30 de junho, a primeira ação prática foi realizada no assentamento 72, em Ladário (MS). Em parceria com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a Embrapa Pantanal transferiu tecnologias a um grupo de agricultores familiares bolivianos. As demandas da Bolívia não são tão recentes. Em julho do ano passado, um grupo formado por autoridades do Governo Departamental de Santa Cruz e por representantes da WWF Bolívia e WWF Brasil realizou uma visita técnica à Embrapa Pantanal e ao campo experimental Fazenda Nhumirim afim de realizar uma troca de experiências. Essa visita foi uma demanda do Governo Departamental de Santa Cruz /Bolívia que, há dois anos, lançou um programa de Boas Práticas na Produção Pecuária para conhecer os trabalhos que a Embrapa vem desenvolvendo sobre a prática da pecuária sustentável e sobre o sistema de controle de trânsito animal no Brasil, que eles querem implantar no país vizinho. Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento Produtivo de Santa Cruz, Luis Alberto Alpire, afirmou que o aprendizado com a Embrapa é de suma importância, pois Santa Cruz havia acabado de se tornar área livre de febre aftosa. "Para a conquista de mercados além mar é preciso ter um eficiente trabalho de vacinação, controle de entrada e saída de animais, manejo de gado, rastreabilidade, entre outros, e a Embrapa Pantanal é um exemplo em modelo de pesquisa nesta área, por isso queremos poder contar com uma parceria com a instituição, onde temos muito a aprender e a ensinar também." A partir desta visita, foi iniciado um estudo sobre possível convênio entre o Governo Departamental de Santa Cruz de La Sierra e a Embrapa Pantanal com o objetivo de transferir tecnologias, gerar intercâmbio de conhecimentos e produzir publicações técnico-científicas e eventos científicos em conjunto. Em junho deste ano, cerca de 40 estudantes do curso de veterinária da Udabol (Universidade de Aquino da Bolívia) estiveram em Miranda (MS) para conhecer parte do trabalho realizado no curso técnico em agropecuária oferecido aos alunos da Fundação Bradesco. A Embrapa é parceira da fundação e organizou esse intercâmbio. O pesquisador Frederico Lisita, da Embrapa Pantanal, também participou da visita para conversar com os alunos sobre o uso da bocaiuva, mandioca e moringa na alimentação de aves poedeiras – um trabalho de pesquisa desenvolvido por ele e pela pesquisadora Raquel Soares, da mesma instituição, em parceria com a Fundação Bradesco. Os mesmos pesquisadores e seus conhecimentos sobre a alimentação alternativa para galinhas poedeiras estiveram recentemente envolvidos com pesquisas em agricultura familiar desenvolvidas em Camarões, na África. Um projeto desenvolvido naquele país abordou o uso de moringa e mandioca na alimentação das poedeiras de sistema semiextensivo em substituição ao milho e à soja. "A raiz da mandioca substitui o carboidrato do milho; a proteína da soja pode ser trocada pela da moringa", afirmou Raquel. Os resultados são relevantes para a região, pois Corumbá não produz soja e milho. Em um segundo momento, outro projeto foi aprovado pelo CNPq, reunindo a Embrapa Pantanal, a Fundação Bradesco (Miranda-MS), a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e o pesquisador africano Christian Keambou Tiambo, da Universidade de Buea, em Camarões. Eles fizeram experimentos na Fundação Bradesco e na África confirmando que a bocaiuva poderia ser usada como um aditivo alimentar, uma fonte de energia da dieta das galinhas. PUBLICAÇÕES A atuação internacional da Embrapa Pantanal se reflete também em publicações com cientistas de outros países. O pesquisador Guilherme Mourão, do Laboratório de Vida Selvagem da Embrapa Pantanal, tem publicado ao longo de sua carreira artigos com parceiros internacionais. Nos últimos cinco anos, há registros de publicações com pesquisadores da University of Missouri, na Columbia, e do Southeast Ecological Science Center, na Florida (Estados Unidos), Blaustein Institute for Desert Research (Israel), Royal Zoological Society of Scotland (Escócia), Fundacion Amigos de la Naturaleza (Bolívia), além da coautoria com a francesa Nicole Duplaix, que está na Oregon State University (Estados Unidos). Outro artigo recente do pesquisador foi produzido em conjunto com cientistas da University of Queensland e da James Cook University, ambas da Austrália. Na área de limnologia, a pesquisadora Márcia Divina mantém parcerias consolidadas com os cientistas Steve Hamilton (Estados Unidos) e Renata Claudi (Canadá), atuando em publicações conjuntas e trocando experiências frequentemente com esses dois países em sua área de atuação. O pesquisador Ubiratan Piovezan publicou artigo sobre circovirose com autores de outras instituições, incluindo Giovanni Franzo, da Universidade de Pádua na Itália. "É um artigo que vem sendo bastante citado internacionalmente", comenta. Ubiratan conta que o estudo está relacionado à origem e evolução dos circovírus, encontrado em várias regiões do mundo e também no Pantanal. "Uma cepa havia sido descrita apenas na década de 1980 na Dinamarca. Como explicar a diversidade encontrada, de onde surgiram as cepas?", questiona. Também com a Itália, o pesquisador vem mantendo uma parceria que estuda a utilização dos pelos guarda na caracterização de raças bovinas locais brasileiras, trabalho que virou tese de doutorado defendida em junho pela bolsista da Embrapa Pantanal Gisele Aparecida Felix, orientada por Ubiratan. Gisele desenvolveu parte de seus estudos em Pádua. A técnica foi aplicada pela primeira vez na área da produção animal na caracterização de raças de ovinas autóctones da região do Veneto. O estudo com raças bovinas de corte é inédito. Em 2011, Ubiratan publicou um artigo em coautoria com Arnaud Desbiez, da Royal Zoological Society of Scotland (Escócia), Alexine Keuroglian, da WCS (Wildlife Conservation Society-Brazil) e Richard Ernest Bodmer, da University of Kent, no Reino Unido. Até o momento, é um dos artigos mais citados do pesquisador e relata que o porco substitui espécies nativas como alvo da caça no Pantanal. Ubiratan integra o grupo de especialistas em cervídeos (Deer Specialist Group) da IUCN – International Union for Conservation of Nature, bem como a Species Survival Comission, comissão que coordena esses grupos de especialistas. O pesquisador Walfrido Tomas, também do Laboratório de Vida Selvagem da Embrapa Pantanal, vem acumulando publicações em parceria com cientistas de outros países. O mais recente (2016) foi em coautoria com Luiz Gustavo Oliveira-Santos, da UFMS, e James Forester, da Universidade de Minnesota (Estados Unidos), contando também com a colaboração do pesquisador Ubiratan Piovezan, da Embrapa Pantanal. O estudo é sobre a incorporação de memória espacial em estudos de movimentação animal. Walfrido produziu com a italiana Angela Cano um trabalho sobre uma palmeira rara encontrada na região do Chaco, no sudoeste do Mato Grosso do Sul. Angela é vinculada ao Jardim Botânico da Vila de Genebra (Suíça) e o artigo foi publicado em 2015. No mesmo ano, o pesquisador também colaborou na publicação da veterinária Marina Munerato em parceria com os pesquisadores Rupert Palme, de Viena (Áustria), e Niegel Caulkett, da Universidade de Calgary (Canadá), resultado de um estudo sobre as respostas comportamentais e hormonais do veado campeiro sob o estresse da captura. Com a pesquisadora Teresa Evans, da Universidade de Victoria, do Canadá, e a professora Maycira Costa, docente brasileira na mesma instituição, Walfrido colaborou em um estudo usando imagens de radar de alta resolução para mapear a vegetação do Pantanal. O texto foi publicado em 2014. O pesquisador da Embrapa Pantanal foi eleito, em 2007, representante da comunidade científica do Conselho da Reserva da Biosfera do Pantanal, ligado à Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Reserva da Biosfera é um conceito-modelo de gestão integrada, sustentável e participativa dos recursos naturais adotado internacionalmente. Desde que foi empossado pelo Ministério do Meio Ambiente, Walfrido disse que não houve mais mobilizações. "Agora as instituições participantes estão se articulando novamente para recompor o conselho e consolidar o conceito de reserva de biosfera no Pantanal", afirmou. O livro Dynamics of the Pantanal Wetland in South America (Dinâmicas do Pantanal na América do Sul), organizado pelos pesquisadores Ivan Bergier, da Embrapa Pantanal, e Mario Assine, da Unesp (Universidade Estadual Paulista) foi lançado no início de 2016. Nele, participam cientistas da University of Kentucky (Estados Unidos), da Université de Toulouse (França) e da Linköping University (Suécia). Também no início deste ano, o Pantanal ganhou visibilidade internacional com a publicação Freshwater Fisheries Ecology, livro editado pela Wiley Online Library, do Reino Unido. Na coletânea, o pesquisador Agostinho Catella relata o funcionamento da pesca profissional artesanal e amadora (ou recreativa) no Pantanal e sua relação com o ambiente. Essas são algumas das parcerias registradas recentemente entre a Embrapa Pantanal e a comunidade internacional. Outros pesquisadores também têm se empenhado em produzir em coautoria com cientistas de outros países. Esses trabalhos têm sido divulgados por meio das próprias publicações e serão, oportunamente, difundidos em matérias como esta. NO PAÍS A atuação da Embrapa Pantanal no Mato Grosso do Sul e em outros Estados brasileiros também tem sido intensa. Apesar de o foco dos cientistas ser o Pantanal, o conhecimento acumulado por eles ao longo dos últimos anos tem sido requisitado por instituições parceiras. Esse intercâmbio é favorável também para a Unidade, pois a troca de experiências com outras regiões e outros biomas enriquece o trabalho de pesquisa desenvolvido no Pantanal. Confira algumas dessas atuações: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/13682895/embrapa-pantanal-expande-atuacao-pelo-ms-e-outros-estados-brasileiros
Foto: Guilherme Ferraz
Mapa mostra atuação da Embrapa Pantanal em países como Bolívia e Camarões, além de países parceiros em publicações
Instalada em Corumbá (MS), município que faz fronteira com a Bolívia, a Embrapa Pantanal tem sido frequentemente requisitada por instituições para colaborar com o desenvolvimento da agropecuária do país vizinho. O pesquisador Alberto Feiden, da equipe de agricultura familiar, foi procurado em abril para transferir tecnologias a produtores bolivianos que pretendem cultivar hortaliças no modelo agroecológico.
Eles representavam a Secretaria de Desenvolvimento Produtivo do Governo de Santa Cruz, a FTE (Fundacion Trabajo Empresa) e a Sedacruz (Serviço Departamental Agropecuário de Sanidade e Inocuidade Agroalimentar de Santa Cruz). A preocupação dessas entidades é com o uso de agrotóxicos pelos agricultores familiares bolivianos.
No dia 30 de junho, a primeira ação prática foi realizada no assentamento 72, em Ladário (MS). Em parceria com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a Embrapa Pantanal transferiu tecnologias a um grupo de agricultores familiares bolivianos.
As demandas da Bolívia não são tão recentes. Em julho do ano passado, um grupo formado por autoridades do Governo Departamental de Santa Cruz e por representantes da WWF Bolívia e WWF Brasil realizou uma visita técnica à Embrapa Pantanal e ao campo experimental Fazenda Nhumirim afim de realizar uma troca de experiências.
Essa visita foi uma demanda do Governo Departamental de Santa Cruz /Bolívia que, há dois anos, lançou um programa de Boas Práticas na Produção Pecuária para conhecer os trabalhos que a Embrapa vem desenvolvendo sobre a prática da pecuária sustentável e sobre o sistema de controle de trânsito animal no Brasil, que eles querem implantar no país vizinho.
Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento Produtivo de Santa Cruz, Luis Alberto Alpire, afirmou que o aprendizado com a Embrapa é de suma importância, pois Santa Cruz havia acabado de se tornar área livre de febre aftosa. "Para a conquista de mercados além mar é preciso ter um eficiente trabalho de vacinação, controle de entrada e saída de animais, manejo de gado, rastreabilidade, entre outros, e a Embrapa Pantanal é um exemplo em modelo de pesquisa nesta área, por isso queremos poder contar com uma parceria com a instituição, onde temos muito a aprender e a ensinar também."
A partir desta visita, foi iniciado um estudo sobre possível convênio entre o Governo Departamental de Santa Cruz de La Sierra e a Embrapa Pantanal com o objetivo de transferir tecnologias, gerar intercâmbio de conhecimentos e produzir publicações técnico-científicas e eventos científicos em conjunto.
Em junho deste ano, cerca de 40 estudantes do curso de veterinária da Udabol (Universidade de Aquino da Bolívia) estiveram em Miranda (MS) para conhecer parte do trabalho realizado no curso técnico em agropecuária oferecido aos alunos da Fundação Bradesco. A Embrapa é parceira da fundação e organizou esse intercâmbio.
O pesquisador Frederico Lisita, da Embrapa Pantanal, também participou da visita para conversar com os alunos sobre o uso da bocaiuva, mandioca e moringa na alimentação de aves poedeiras – um trabalho de pesquisa desenvolvido por ele e pela pesquisadora Raquel Soares, da mesma instituição, em parceria com a Fundação Bradesco.
Os mesmos pesquisadores e seus conhecimentos sobre a alimentação alternativa para galinhas poedeiras estiveram recentemente envolvidos com pesquisas em agricultura familiar desenvolvidas em Camarões, na África. Um projeto desenvolvido naquele país abordou o uso de moringa e mandioca na alimentação das poedeiras de sistema semiextensivo em substituição ao milho e à soja. "A raiz da mandioca substitui o carboidrato do milho; a proteína da soja pode ser trocada pela da moringa", afirmou Raquel. Os resultados são relevantes para a região, pois Corumbá não produz soja e milho.
Em um segundo momento, outro projeto foi aprovado pelo CNPq, reunindo a Embrapa Pantanal, a Fundação Bradesco (Miranda-MS), a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e o pesquisador africano Christian Keambou Tiambo, da Universidade de Buea, em Camarões. Eles fizeram experimentos na Fundação Bradesco e na África confirmando que a bocaiuva poderia ser usada como um aditivo alimentar, uma fonte de energia da dieta das galinhas.
PUBLICAÇÕES
A atuação internacional da Embrapa Pantanal se reflete também em publicações com cientistas de outros países. O pesquisador Guilherme Mourão, do Laboratório de Vida Selvagem da Embrapa Pantanal, tem publicado ao longo de sua carreira artigos com parceiros internacionais. Nos últimos cinco anos, há registros de publicações com pesquisadores da University of Missouri, na Columbia, e do Southeast Ecological Science Center, na Florida (Estados Unidos), Blaustein Institute for Desert Research (Israel), Royal Zoological Society of Scotland (Escócia), Fundacion Amigos de la Naturaleza (Bolívia), além da coautoria com a francesa Nicole Duplaix, que está na Oregon State University (Estados Unidos). Outro artigo recente do pesquisador foi produzido em conjunto com cientistas da University of Queensland e da James Cook University, ambas da Austrália.
Na área de limnologia, a pesquisadora Márcia Divina mantém parcerias consolidadas com os cientistas Steve Hamilton (Estados Unidos) e Renata Claudi (Canadá), atuando em publicações conjuntas e trocando experiências frequentemente com esses dois países em sua área de atuação.
O pesquisador Ubiratan Piovezan publicou artigo sobre circovirose com autores de outras instituições, incluindo Giovanni Franzo, da Universidade de Pádua na Itália. "É um artigo que vem sendo bastante citado internacionalmente", comenta. Ubiratan conta que o estudo está relacionado à origem e evolução dos circovírus, encontrado em várias regiões do mundo e também no Pantanal. "Uma cepa havia sido descrita apenas na década de 1980 na Dinamarca. Como explicar a diversidade encontrada, de onde surgiram as cepas?", questiona.
Também com a Itália, o pesquisador vem mantendo uma parceria que estuda a utilização dos pelos guarda na caracterização de raças bovinas locais brasileiras, trabalho que virou tese de doutorado defendida em junho pela bolsista da Embrapa Pantanal Gisele Aparecida Felix, orientada por Ubiratan. Gisele desenvolveu parte de seus estudos em Pádua. A técnica foi aplicada pela primeira vez na área da produção animal na caracterização de raças de ovinas autóctones da região do Veneto. O estudo com raças bovinas de corte é inédito.
Em 2011, Ubiratan publicou um artigo em coautoria com Arnaud Desbiez, da Royal Zoological Society of Scotland (Escócia), Alexine Keuroglian, da WCS (Wildlife Conservation Society-Brazil) e Richard Ernest Bodmer, da University of Kent, no Reino Unido. Até o momento, é um dos artigos mais citados do pesquisador e relata que o porco substitui espécies nativas como alvo da caça no Pantanal.
Ubiratan integra o grupo de especialistas em cervídeos (Deer Specialist Group) da IUCN – International Union for Conservation of Nature, bem como a Species Survival Comission, comissão que coordena esses grupos de especialistas.
O pesquisador Walfrido Tomas, também do Laboratório de Vida Selvagem da Embrapa Pantanal, vem acumulando publicações em parceria com cientistas de outros países. O mais recente (2016) foi em coautoria com Luiz Gustavo Oliveira-Santos, da UFMS, e James Forester, da Universidade de Minnesota (Estados Unidos), contando também com a colaboração do pesquisador Ubiratan Piovezan, da Embrapa Pantanal. O estudo é sobre a incorporação de memória espacial em estudos de movimentação animal.
Walfrido produziu com a italiana Angela Cano um trabalho sobre uma palmeira rara encontrada na região do Chaco, no sudoeste do Mato Grosso do Sul. Angela é vinculada ao Jardim Botânico da Vila de Genebra (Suíça) e o artigo foi publicado em 2015. No mesmo ano, o pesquisador também colaborou na publicação da veterinária Marina Munerato em parceria com os pesquisadores Rupert Palme, de Viena (Áustria), e Niegel Caulkett, da Universidade de Calgary (Canadá), resultado de um estudo sobre as respostas comportamentais e hormonais do veado campeiro sob o estresse da captura.
Com a pesquisadora Teresa Evans, da Universidade de Victoria, do Canadá, e a professora Maycira Costa, docente brasileira na mesma instituição, Walfrido colaborou em um estudo usando imagens de radar de alta resolução para mapear a vegetação do Pantanal. O texto foi publicado em 2014.
O pesquisador da Embrapa Pantanal foi eleito, em 2007, representante da comunidade científica do Conselho da Reserva da Biosfera do Pantanal, ligado à Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Reserva da Biosfera é um conceito-modelo de gestão integrada, sustentável e participativa dos recursos naturais adotado internacionalmente. Desde que foi empossado pelo Ministério do Meio Ambiente, Walfrido disse que não houve mais mobilizações. "Agora as instituições participantes estão se articulando novamente para recompor o conselho e consolidar o conceito de reserva de biosfera no Pantanal", afirmou.
O livro Dynamics of the Pantanal Wetland in South America (Dinâmicas do Pantanal na América do Sul), organizado pelos pesquisadores Ivan Bergier, da Embrapa Pantanal, e Mario Assine, da Unesp (Universidade Estadual Paulista) foi lançado no início de 2016. Nele, participam cientistas da University of Kentucky (Estados Unidos), da Université de Toulouse (França) e da Linköping University (Suécia).
Também no início deste ano, o Pantanal ganhou visibilidade internacional com a publicação Freshwater Fisheries Ecology, livro editado pela Wiley Online Library, do Reino Unido. Na coletânea, o pesquisador Agostinho Catella relata o funcionamento da pesca profissional artesanal e amadora (ou recreativa) no Pantanal e sua relação com o ambiente.
Essas são algumas das parcerias registradas recentemente entre a Embrapa Pantanal e a comunidade internacional. Outros pesquisadores também têm se empenhado em produzir em coautoria com cientistas de outros países. Esses trabalhos têm sido divulgados por meio das próprias publicações e serão, oportunamente, difundidos em matérias como esta.
NO PAÍS
A atuação da Embrapa Pantanal no Mato Grosso do Sul e em outros Estados brasileiros também tem sido intensa. Apesar de o foco dos cientistas ser o Pantanal, o conhecimento acumulado por eles ao longo dos últimos anos tem sido requisitado por instituições parceiras. Esse intercâmbio é favorável também para a Unidade, pois a troca de experiências com outras regiões e outros biomas enriquece o trabalho de pesquisa desenvolvido no Pantanal.
Confira algumas dessas atuações:
Ana Maio (Mtb 21.928)
Embrapa Pantanal
Contatos para a imprensa
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Telefone: +55 (67) 3234-5886
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