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28/11/16
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Transferência de Tecnologia
Estudantes de veterinária da Bolívia conhecem pesquisas da Embrapa
O professor Joaquin Ugarteche Ribera, da Universidad de Aquino Bolivia e da Universidad Evangélica Boliviana, trouxe para Corumbá (MS) 76 alunos do curso de veterinária para conhecerem de perto as pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Pantanal. Foram três dias de intensa programação, em que os estudantes tiveram acesso a conteúdos teóricos e práticos sobre a pecuária sustentável praticada na região. A Bolívia tem uma área alagável semelhante, chamada de Pantanal de Beni. As duas universidades ficam em Santa Cruz de la Sierra. A visita foi organizada pelo supervisor de Comunicação da Embrapa Pantanal, Thiago Coppola, e pela supervisora do SGTT (Setor de Gestão de Transferência de Tecnologias), Sandra Mara Crispim Araújo. Os alunos chegaram dia 22 à tarde e a programação técnica começou na manhã seguinte. No auditório da Embrapa Pantanal eles acompanharam palestras sobre mudanças climáticas, com a pesquisadora Ana Helena Marozzi Fernandes; o papel ecológico da pecuária no Pantanal, com a analista Dayanna Batista; a intensificação sustentável no Pantanal, com o pesquisador Urbano Gomes Pinto de Abreu; estratégias de suplementação de fêmeas no Pantanal, com o pesquisador Luiz Orcírio Oliveira; recursos genéticos no Pantanal, com a pesquisadora Raquel Soares Juliano; e anemia infecciosa equina, com a pesquisadora Márcia Furlan. No dia seguinte, o grupo visitou as instalações da Caimasul, empreendimento que se dedica à criação comercial de jacarés em cativeiro. Recebidos pelo diretor executivo da empresa, Wilson Girardi, e por dois veterinários, os estudantes puderam conhecer a criação e tirar dúvidas sobre o manejo e o abate, que deve começar no início de 2017. No final da manhã, os alunos iniciaram um passeio no barco Pérola do Pantanal, onde conheceram o rio Paraguai e acompanharam palestras dos pesquisadores Márcia Divina, sobre o rio Paraguai e o Pantanal, e Agostinho Catella, que falou sobre a pesca no Pantanal. No barco foi servido almoço e, à tarde, a banda Exilados animou o ambiente com música ao vivo. O ambiente de confraternização se estendeu até as 18h. FAZENDAS Na sexta, dia 25, o grupo se dirigiu a duas fazendas pantaneiras para conhecer, in loco, os trabalhos de pesquisa da Embrapa Pantanal e outras possibilidades de geração de renda na região. Na fazenda São Bento, foram recebidos pelo administrador Célio Silva Júnior, que mostrou duas imagens aéreas impressionantes comparando diferentes cheias do Pantanal, incluindo a de 2011, uma das mais intensas dos últimos anos. Ali, os alunos puderam ouvir explicações dos pesquisadores Luiz Orcírio, Eriklis Nogueira, Urbano Gomes, Fernando Dias, Juliana Correa e da analista Dayanna Batista. Eles conheceram os experimentos da fazenda ligados à tecnologia creep-feeding (suplementação alimentar de bezerros) e os estudos envolvendo nutrição e reprodução de novilhas primíparas (aquelas que terão a primeira parição e, por isso, precisam de cuidados especiais por estarem ainda em fase de crescimento). Os estudantes também tiveram a oportunidade de conhecer a fazenda São João, estruturada para o ecoturismo. Eles puderam caminhar em trilhas ecológicas e fazer o passeio de carrossel, uma estrutura puxada por um trator que os levou a outros pontos da fazenda, onde puderam ver emas, araras azuis, bugios, veados campeiros, cervos e outros animais da fauna pantaneira. O guia Tatu mostrou aos alunos o manduvi, árvores onde as araras fazem os ninhos para suas crias. A atividade nas fazendas terminou no final da tarde, quando todos retornaram a Corumbá. À noite, os estudantes participaram ainda de uma confraternização na Marina do Gelson, à beira do rio Paraguai, com participação da banda Exilados. O professor Joaquim avaliou a experiência como muito importante para seus alunos, já que a Embrapa é internacionalmente reconhecida. Segundo ele, os estudantes já têm envolvimento com a pecuária na região de Santa Cruz e no Pantanal de Beni, muitos porque suas famílias são proprietárias de fazendas. Ele disse ainda que o Pantanal de Beni é muito parecido com o Pantanal brasileiro. Em cheias grandes, de 2013 e 2014, o país vizinho perdeu cerca de meio milhão de cabeças de gado. "E neste ano sofremos uma grande seca", afirmou. O professor informou ainda que há interesse em produzir com sustentabilidade. "Por isso estamos vindo com os alunos, para que eles adquiram esse conhecimento e tenham esse aprendizado. Não é a primeira vez que viemos para cá e a intenção é repetir essa experiência todos os anos". O grupo voltou à Bolívia no sábado. A Embrapa Pantanal já está articulando com a SRI (Secretaria de Relações Internacionais) da Embrapa Sede e com as duas universidades um convênio de cooperação técnica nas áreas de transferência de tecnologias, avanço do conhecimento e troca de experiências para que essas atividades possam ser reproduzidas nos próximos anos.
O professor Joaquin Ugarteche Ribera, da Universidad de Aquino Bolivia e da Universidad Evangélica Boliviana, trouxe para Corumbá (MS) 76 alunos do curso de veterinária para conhecerem de perto as pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Pantanal. Foram três dias de intensa programação, em que os estudantes tiveram acesso a conteúdos teóricos e práticos sobre a pecuária sustentável praticada na região. A Bolívia tem uma área alagável semelhante, chamada de Pantanal de Beni. As duas universidades ficam em Santa Cruz de la Sierra.
A visita foi organizada pelo supervisor de Comunicação da Embrapa Pantanal, Thiago Coppola, e pela supervisora do SGTT (Setor de Gestão de Transferência de Tecnologias), Sandra Mara Crispim Araújo. Os alunos chegaram dia 22 à tarde e a programação técnica começou na manhã seguinte. No auditório da Embrapa Pantanal eles acompanharam palestras sobre mudanças climáticas, com a pesquisadora Ana Helena Marozzi Fernandes; o papel ecológico da pecuária no Pantanal, com a analista Dayanna Batista; a intensificação sustentável no Pantanal, com o pesquisador Urbano Gomes Pinto de Abreu; estratégias de suplementação de fêmeas no Pantanal, com o pesquisador Luiz Orcírio Oliveira; recursos genéticos no Pantanal, com a pesquisadora Raquel Soares Juliano; e anemia infecciosa equina, com a pesquisadora Márcia Furlan.
No dia seguinte, o grupo visitou as instalações da Caimasul, empreendimento que se dedica à criação comercial de jacarés em cativeiro. Recebidos pelo diretor executivo da empresa, Wilson Girardi, e por dois veterinários, os estudantes puderam conhecer a criação e tirar dúvidas sobre o manejo e o abate, que deve começar no início de 2017.
No final da manhã, os alunos iniciaram um passeio no barco Pérola do Pantanal, onde conheceram o rio Paraguai e acompanharam palestras dos pesquisadores Márcia Divina, sobre o rio Paraguai e o Pantanal, e Agostinho Catella, que falou sobre a pesca no Pantanal. No barco foi servido almoço e, à tarde, a banda Exilados animou o ambiente com música ao vivo. O ambiente de confraternização se estendeu até as 18h.
FAZENDAS
Na sexta, dia 25, o grupo se dirigiu a duas fazendas pantaneiras para conhecer, in loco, os trabalhos de pesquisa da Embrapa Pantanal e outras possibilidades de geração de renda na região. Na fazenda São Bento, foram recebidos pelo administrador Célio Silva Júnior, que mostrou duas imagens aéreas impressionantes comparando diferentes cheias do Pantanal, incluindo a de 2011, uma das mais intensas dos últimos anos.
Ali, os alunos puderam ouvir explicações dos pesquisadores Luiz Orcírio, Eriklis Nogueira, Urbano Gomes, Fernando Dias, Juliana Correa e da analista Dayanna Batista. Eles conheceram os experimentos da fazenda ligados à tecnologia creep-feeding (suplementação alimentar de bezerros) e os estudos envolvendo nutrição e reprodução de novilhas primíparas (aquelas que terão a primeira parição e, por isso, precisam de cuidados especiais por estarem ainda em fase de crescimento).
Os estudantes também tiveram a oportunidade de conhecer a fazenda São João, estruturada para o ecoturismo. Eles puderam caminhar em trilhas ecológicas e fazer o passeio de carrossel, uma estrutura puxada por um trator que os levou a outros pontos da fazenda, onde puderam ver emas, araras azuis, bugios, veados campeiros, cervos e outros animais da fauna pantaneira. O guia Tatu mostrou aos alunos o manduvi, árvores onde as araras fazem os ninhos para suas crias.
A atividade nas fazendas terminou no final da tarde, quando todos retornaram a Corumbá. À noite, os estudantes participaram ainda de uma confraternização na Marina do Gelson, à beira do rio Paraguai, com participação da banda Exilados.
O professor Joaquim avaliou a experiência como muito importante para seus alunos, já que a Embrapa é internacionalmente reconhecida. Segundo ele, os estudantes já têm envolvimento com a pecuária na região de Santa Cruz e no Pantanal de Beni, muitos porque suas famílias são proprietárias de fazendas.
Ele disse ainda que o Pantanal de Beni é muito parecido com o Pantanal brasileiro. Em cheias grandes, de 2013 e 2014, o país vizinho perdeu cerca de meio milhão de cabeças de gado. "E neste ano sofremos uma grande seca", afirmou. O professor informou ainda que há interesse em produzir com sustentabilidade. "Por isso estamos vindo com os alunos, para que eles adquiram esse conhecimento e tenham esse aprendizado. Não é a primeira vez que viemos para cá e a intenção é repetir essa experiência todos os anos". O grupo voltou à Bolívia no sábado.
A Embrapa Pantanal já está articulando com a SRI (Secretaria de Relações Internacionais) da Embrapa Sede e com as duas universidades um convênio de cooperação técnica nas áreas de transferência de tecnologias, avanço do conhecimento e troca de experiências para que essas atividades possam ser reproduzidas nos próximos anos.
Ana Maio (Mtb: 21.928)
Embrapa Pantanal
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