Solenidade de abertura do TCTP destaca fortalecimento das parcerias entre países
Foto: Henrique Carvalho
Composição da mesa na solenidade de abertura do III Curso Internacional de Produção Sustentável de Hortaliças (TCTP)
A importância das parcerias como promotoras de ações construtivas em diversas áreas do conhecimento foi a base dos pronunciamentos dos representantes das instituições que compõem o TCTP (Third Country Training Programe), durante a solenidade de abertura de mais uma edição do Curso Internacional sobre Produção Sustentável de Hortaliças/ Programa de Treinamento para Terceiros Países, em 02 de março de 2015. Em linhas gerais, para os representantes das três instituições parceiras – Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA) –, o TCTP Hortaliças pode ser visto como uma perfeita tradução dessa relevância.
"A participação das instituições parceiras em todas as fases do processo permite, por exemplo, que haja uma seleção bastante criteriosa dos candidatos dos países africanos de língua portuguesa, através da premissa básica da relação dos candidatos e instituições públicas ligadas à agricultura. Nesse formato, iniciado há três anos, a segunda seleção envolveu o módulo Educação a Distância (EaD), que exigiu dos participantes uma proposta sobre produção sustentável de hortaliças, e os autores dos melhores trabalhos estão no Brasil para iniciar a segunda fase, o módulo Presencial, cujo conceito básico - Produção Sustentável de Hortaliças – está presente em todo conteúdo programático do curso", registrou o pesquisador e chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia Warley Nascimento, coordenador-geral do curso.
Para o coordenador-técnico do TCTP Hortaliças, pesquisador Jadir Pinheiro, o sucesso da tradicional e efetiva parceria pode ser creditado ao empenho das instituições, ao longo das edições, para que os conteúdos oferecidos propiciem aos alunos uma visão plural do termo sustentabilidade e "julguem o que for mais conveniente para ser aplicado em seus países". O pesquisador também estendeu esse papel ao Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT) e à Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Embrapa, que atuaram "com providencial e permanente apoio à coordenadoria técnica do curso".
Em sua explanação, Wofsi Guimarães, coordenador de cooperação técnica bilateral da ABC, destacou a decisão política e a dedicação das pessoas envolvidas, para que a cada ano o programa ganhe nova dimensão que acolha as necessidades dos países participantes. Segundo ele, a parceria vai além do período de treinamento, e a inclusão do EaD, uma prova de fortalecimento do programa, e uma experiência comprovadamente exitosa. "Tive oportunidade de estar em Moçambique por ocasião da realização do EaD e pude testemunhar os resultados positivos acerca da aplicação dos temas abordados, teóricos mas com aplicações extremamente práticas", acentuou Guimarães.
Já o representante-chefe da JICA Satoshi Murosawa reforçou as palavras de apoio à parceria, proferidas pelos que o antecederam, e lembrou o histórico dos acordos entre a instituição e a Embrapa Hortaliças, "que vêm desde a década de 80". Aos participantes, uma recomendação: "Aproveitem o máximo dos conhecimentos e multipliquem o aprendizado para contribuir para a melhoria da qualidade de vida em seus países".
MULTIPLICADORES
O recado de Murosawa foi perfeitamente entendido pela moçambicana Marica Tomás, que atua em seu país na área de segurança alimentar e nutricional. "O meu objetivo ao participar do curso é absorver o conhecimento necessário para contribuir na redução das mortes por desnutrição de crianças de até cinco anos, que em meu país chegam a 43%", pontificou.
De São Tomé e Príncipe, Abdelazize Boa Morte tem um foco específico entre os temas que fazem parte do conteúdo programático: "Temos muita água, mas conhecimentos insuficientes para desenvolver sistemas de irrigação que promoveriam, com certeza, um grande impulso à nossa produção de hortaliças", afirmou Abdelazize, que adiantou ser essa a área escolhida para o seu projeto ao final do curso.
Do lado brasileiro, a professora na área de Produção de Hortaliças do curso de Agronomia da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Cláudia Prins, quer complementar os conhecimentos proporcionados pelo módulo EaD e aprofundar-se no estudo sobre as tecnologias desenvolvidas para as olerícolas, nessa fase presencial. Em sua opinião, participar do curso "é uma grande oportunidade para reforçar, ampliar e enriquecer o conteúdo das aulas".
Em sua terceira edição, desde a introdução dos módulos EaD e Presencial, o TCTP Hortaliças, abrange, nessa última etapa, o período de 02 a 20 de março de 2015. Entre os países africanos participantes, Moçambique (12), São Tomé e Príncipe (4), Angola (1) e Cabo Verde.
Anelise Macedo (2.749/DF)
Embrapa Hortaliças
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