O tomateiro é a hortaliça de maior importância socioeconômica do Brasil. A produção de tomate para consumo fresco e para processamento representa, em todas as regiões do país, uma importante fonte de emprego e renda na zona rural, nos comércios atacadista e varejista e no setor industrial. Além disso, o tomate é vital do ponto de vista da segurança alimentar, fornecendo nutrientes essenciais e nutracêuticos (vitaminas, fibras, minerais e antioxidantes) na dieta de milhares de brasileiros de todas as classes sociais. Na safra 2016, foram colhidas 4,2 milhões toneladas de tomate de mesa em uma área de 63 mil hectares, com o valor de produção de R$ 4,8 bilhões. Por sua vez, a cadeia agroindustrial vem alcançando produtividades elevadas devido à incorporação vigorosa de avanços tecnológicos. Apesar do vigor do agronegócio de tomate no país, os cultivos dessa hortaliça nos trópicos e subtrópicos do Brasil têm sido negativamente afetados por um conjunto considerável de fatores demográficos (baixa disponibilidade de mão de obra), bióticos (vírus, bactérias, fungos, nematoides, artrópodes-pragas e competição de plantas daninhas) e abióticos (déficit hídrico e calor - agravados pelas mudanças climáticas). Logo, o objetivo do projeto é contribuir para a cadeia de valor do tomate, por meio do lançamento de novas cultivares e da ampliação da base genética relativa à resistência a estresses abióticos e bióticos dos progenitores a fim de gerar populações segregantes superiores. Para o atingimento desse patamar, os objetivos específicos são: (1) identificar e incorporar fatores de resistência genética naturais à mosca-branca, Helicoverpa armigera, Meloidogyne spp., fungos, bactérias e vírus em germoplasma de tomateiro cultivado; (2) desenvolver novos híbridos de tomateiro para o mercado in natura; (3) desenvolver novos híbridos de tomateiro para processamento industrial e para o segmento mesa-rasteiro; (4) desenvolver novos híbridos de tomateiro de melhor desempenho agronômico e mais adaptados ao cultivo protegido e às condições de campo aberto; (5) desenvolver novos híbridos de tomateiro para o segmento dos chamados tomates “especiais” ou novos nichos de mercado e para o mercado ornamental; (6) desenvolver e validar marcadores moleculares para o uso rotineiro em programas de seleção assistida em tomateiro; e (7) expandir a base genética do germoplasma de tomateiro via desenvolvimento de linhagens derivadas de cruzamentos interespecíficos visando explorar mais intensamente a riqueza genética disponível para o tomateiro.