Iniciativas são aplicadas com o intuito de articular o desenvolvimento sócio-econômico da Amazônia com a conservação ambiental. Neste contexto, os recursos zoogenéticos desta região são pouco conhecidos e por consequência são mal manejados. A criação ex situ de animais silvestres com potencial para a agroindustria, como o caititu ( Tayassu tajacu), é apontada como um novo empreendimento enfocado ao bionegócio no Estado do Pará. Esta proposta contempla as novas ações em biotecnologia com ênfase no uso de produtos naturais como alimento, assim como dos subprodutos para a indústria de acessórios. Esta tecnologia regional surge como uma alternativa ao desmatamento produzido pela criação de gado na Amazônia, assim como contribui para a conservação da espécie por meio da diminuição da caça e também oferta ao consumidor um novo produto orgânico. Ganhos positivos a sociedade são entre outros: o aumento de emprego e renda, a transferência de know-how e a formação de pessoal nas instituições superiores de Educação e Pesquisa. O projeto é uma parceria entre pesquisadores da UFPA, Embrapa Amazônia Oriental e da ESALQ/USP. O objetivo principal será ampliar o estudo do sistema de manejo e da biologia do caititu, visando gerar subsídios que contribuam para o estabelecimento de um novo bionegócio viável economicamente para a Amazônia. Para isso será estudada a substituição do milho usado na ração comercial pela torta da amêndoa do dendê ( Elaeis guineensis), barateando o custo de produção; assim como serão analisados alguns parâmetros biológicos da carne determinantes da aceitação durante a comercialização do produto; além de serem estudados os fatores ambientais e genéticos impactantes às características de interesse econômico. Com isso, o projeto visa fornecer suporte técnico para o desenvolvimento de produto da fauna Amazônica, de forma econômica e sustentável, reduzindo custos, melhorando a eficiência na produção, agregando valor ao produto e ampliando o desenvolvimento de novos empreendimentos por meio da diversificação.