BRS Mandinho, o pêssego achatado
10/09/14
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Melhoramento genético Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
BRS Mandinho, o pêssego achatado
Cultivar é apresentada pela Embrapa em Simpósio Internacional. Produto chega para competir no mercado estrangeiro com produtividade de 14 toneladas/ha
Produtores do país que produzem frutas temperadas e tropicais, se encontram em Avaré/SP, a partir desta quarta-feira, 10, até a sexta-feira, 13. Uma série de atividades estão sendo preparadas para integrar o VI Simpósio Internacional de Fruticultura Temperada na região Subtropical, evento bianual, que reúne pesquisadores, acadêmicos e produtores. Nesta quinta-feira, 11, a Embrapa Clima Temperado, de Pelotas/RS, vai apresentar ao público do evento a cultivar BRS Mandinho, o pêssego chato, em visita técnica. O evento terá como foco o debate sobre os avanços na produção de frutas no Brasil e no mundo, com base no desenvolvimento de novas tecnologias. A atividade é uma promoção da Holantec em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
As pesquisas da Embrapa com a fruta platicarpa já tem 20 anos, metade dos quais foram dedicados especificamente à nova cultivar de pêssego achatado apropriado às condições locais de cultivo, conforme explica a pesquisadora Maria do Carmo Raseira. Ela é a responsável pelo desenvolvimento da BRS Mandinho.
Criança, menino, piá são significados do nome, sugerido pelo tamanho pequeno a médio do fruto (cinco centímetros de diâmetro contra os cerca de sete das frutas importadas), que apresenta caroços de dimensões proporcionais. Em termos de mercado, o ganho representado pela cultivar é a viabilidade da produção do pêssego platicarpa em campos brasileiros, a partir de sua adaptação para cultivo em regiões com menos de 150 horas de frio no inverno, maturação na segunda quinzena de novembro e com produtividade atrativa (14 toneladas/ha, em pomar adulto).
A BRS Mandinho possui uma doçura nos frutos, de polpa firme e cor amarela, se sobressai à leve acidez. Ela foi testada em algumas regiões dos estados de Santa Catarina (Urussanga e Pedras Grandes), Paraná (Araucária), São Paulo (Jarinu e Paranapanema), Minas Gerais (Barbacena) e Espírito Santo (Domingos Martins).
Agenda da BRS Mandinho
11 de setembro de 2014 - apresentação da cultivar no VI Simpósio Internacional de Fruticultura Temperada na região Subtropical;
após 15 de setembro de 2014 - oferta de material propagativo e licenciamento com informações no http://spm.sede.embrapa.br/licitacao/
23 e 24 de setembro de 2014 - a Embrapa Produtos e Mercado apresenta a cultivar no I Workshop de Nichos de Mercado para o Setor Agroindustrial, em Campinas/SP;
Novembro de 2014 - lançamento oficial da BRS Mandinho;
Após julho de 2015 - mudas estarão disponíveis com viveiristas cadastrados em (http://www.snt.embrapa.br/produtos/index/)
Após outubro de 2017 - os frutos disponíveis nos supermercados nacionais;
Apresentação de Livro
Durante a realização do VI Simpósio, a pesquisadora Maria do Carmo Raseira fará a divulgação do futuro lançamento do livro Pessegueiro, que acontece em outubro próximo. Há seis anos um grupo de pesquisadores da Unidade de pesquisas pensou em atualizar o livro A cultura do Pessegueiro, lançado pelo Centro Nacional de Pesquisa de Fruticultura de Clima Temperado, em 1988. A proposta evoluiu e, após muito esforço, a Embrapa está prestes a entregar não uma nova edição, mas uma nova obra: Pessegueiro.
O livro Pessegueiro conta com 30 capítulos, iniciando-se pela origem da espécie e descrição botânica, melhoramento genético, cultivares, porta-enxertos e diversos aspectos do manejo do pomar, principais pragas, problemas e oportunidades da cultura, e conclui com manejo pós-colheita e aspectos do mercado. Aborda ainda itens relacionados à biologia molecular, enfatizando a busca por marcadores para seleção assistida e as propriedades funcionais do pêssego.
Reúne os resultados de pesquisa e tecnologias adaptados às condições brasileiras e obtidos por pesquisadores e professores do País, acrescidos de informações também de outros países produtores de pêssego. A obra tem cerca de 700 páginas.
São autores os pesquisadores da Embrapa e de instituições estaduais de pesquisa (Epagri, Epamig, IAC), professores da Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Lavras, Universidade Federal do Paraná, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, além de consultores ou fruticultores autônomos.
Cristiane Betemps (MTb 7418 RS)
Embrapa Clima Temperado
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