08/11/17 |   Produção animal  Transferência de Tecnologia

Bovinocultura de leite é tema de curso e dia de campo no Sudeste Paraense

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Foto: Ronaldo Rosa

Ronaldo Rosa - O sudeste paraense concentra a maior produção de leite do estado.

O sudeste paraense concentra a maior produção de leite do estado.

Pastagem, sanidade e melhoramento genético de bovinos de leite são tema de curso e dia de campo que a Embrapa Amazônia Oriental realiza em Marabá e São Domingos do Araguaia de 8 a 10 de novembro. O curso, em Marabá, é o quarto realizado pelo projeto “Transferência de tecnologias apropriadas para a promoção de sistemas sustentáveis de produção de leite nas propriedades familiares do sudeste paraense - Leitese PA” e é voltado para cerca de 30 técnicos e extencionistas de 16 municípios da Sudeste Paraense.  Um dia de campo aberto ao público encerra a programação no dia 10, em área de produtor que funciona como vitrine do conjunto de tecnologias apresentadas, em São Domingos do Araguaia.

A região foi escolhida pela Embrapa por concentrar a maior bacia leiteira do Pará, responsável por cerca de 70% de todo leite produzido no Estado, algo em torno de 567 milhões de litros (IBGE/2015), dados que colocam o Pará no 12º lugar do ranking nacional. Embora sejam números promissores, a produção local está longe da média nacional de 5,3 quilos/dia por vaca, mas o projeto realizado pela Embrapa Amazônia Oriental desde 2015 pretende mudar a realidade da produção regional de cerca de três quilos/dia para até oito por vaca, em poucos anos, e apenas com alimentação a pasto e boas práticas de manejo e sanidade.

O curso é fechado e será realizado nos dias 8 e 9, no auditório do Sebrae, em Marabá. Já o dia de campo é aberto a todos os interessados e ocorre na Unidade de Referência Tecnológica (UTR), instalada na propriedade de Márcio Iop, localizada no Km 61, da BR 230, zona rural de São Domingos do Araguaia.

Nessa quarta etapa do curso serão abordados temas como pastagem, sanidade e melhoramento genético de bovinos de leite. As etapas teóricas do projeto estão capacitando mais de 30 técnicos de 16 municípios da região, que atuarão como multiplicadores das tecnologias em todo sudeste do Pará. Já os produtores, estudantes e demais interessados na cadeia, podem acompanhar os resultados no campo, em duas Unidades de Referencias Tecnológicas (URTs), uma espécie de vitrine tecnológica, instalada em área de produtor, nos municípios de São Domingos do Araguaia e Bom Jesus do Tocantins.

De acordo com Bruno Giovani, líder do projeto e chefe-adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa Amazônia Oriental, a atividade leiteira paraense está entre as dez mais importantes cadeias produtivas do estado e somente em 2016 movimentou mais de R$ 350 milhões. Ele lembra que a região sudeste é o maior polo leiteiro do estado, mas a produção ainda está concentrada em pecuária extensiva e de baixa tecnologia, o que representa grandes áreas, com poucas cabeças de gado por hectare, pastos pobres e consequente baixa produtividade. “Por meio de tecnologias simples, como recuperação, adubação e rotacionamento de pastagens, já é possível dobrar o número de animais por área e a produtividade por animal”, alerta do pesquisador. “A forragem é o alimento mais barato na propriedade, qualquer investimento em pastagem acaba gerando retorno econômico certo”, enfatiza.

Produtores aprovam as tecnologias  - Um desses produtores é o pecuarista familiar Eneas Fausto Leal Filho, de 43 anos, de Bom Jesus. Com cerca de 160 cabeças de gado, o produtor se diz satisfeito com o experimento e no período de inverno, quando há mais oferta de água e alimento, chega a tirar até 6 quilos/dia por vaca, o dobro da média paraense. Ele conta que espera chegar a 8 quilos de leite por animal e garante que o investimento em pastagem vale a pena ao produtor, mas lembra que a genética dos animais também é importante para aumentar a produção.

Curso e dia de campo – A programação começa dia 8, do auditório do Sebrae,  com o dia dedicado ao tema sanidade tendo à frente o pesquisador da Embrapa Fábio Barbieri. No dia 9, pela manhã, a pesquisadora Vivian Timpani  falará sobre a seleção e uso de catálogos de touros. À tarde, o médico veterinário Marivaldo Figueiró terá como foco as estratégias reprodutivas para o incremento na produção de bovinos de leite.

O dia de campo será aberto a todos os interessados, no dia 10 de novembro, e ocorre na URT localizada na propriedade do senhor Márcio Iop, em São Domingos do Araguaia, com a temática “Pastagem, sanidade e melhoramento genético de bovinos de leite”.

Serão quatro estações: manejo de ordenha mecânica (Marivaldo Figueiró); irrigação de pastagem (Felipe Lima/Proagri); seleção fenotípica de vacas leiteiras (Vivian Timpani); e tecnologias para prevenção e controle da tristeza parasitária (Fábio Barbieri).

Realização: Embrapa Amazônia Oriental em parceria com Sebrae, Emater, prefeitura de São Domingos do Araguaia, Grupo Gasparim, Marabá Rural e HF Assistência.

Serviço:

Curso em bovinocultura de leite “pastagem, sanidade de melhoramento genético de bovinos de leite” - Dias 8 e 9 de novembro, auditório do Sebrae (Marabá).

Dia de campo em bovinocultura de leite - Dia 10 de novembro (km 61, BR 230, São Domingos do Araguaia).

Kélem Cabral (MTb 1981/PA)
Embrapa Amazônia Oriental

Contatos para a imprensa

Telefone: (91) 3204-1099

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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