Embrapa sedia curso sobre edição de genomas em plantas para alunos brasileiros e latino-americanos
Embrapa sedia curso sobre edição de genomas em plantas para alunos brasileiros e latino-americanos
Foto: Claudio Bezerra
Embrapa sedia curso sobre edição de genomas em plantas para alunos brasileiros e latino-americanos
Na semana de 22 a 26 de julho de 2019, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, localizada em Brasília (DF), sedia o curso "Engenharia Genética para o desenvolvimento de cultivares superiores: Edição de genomas via CRISPR/Cas9". Sob a coordenação da pesquisadora Maria Fátima Grossi de Sá, do Laboratório de Interação Molecular Planta-Praga (LIMPP), o treinamento oferecerá a alunos brasileiros e latino-americanos uma visão geral sobre a tecnologia de edição de genomas por meio do sistema CRISPR/Cas9 e sua aplicação na obtenção de plantas melhoradas.
A iniciativa é do Centro Brasileiro-Argentino de Biotecnologia (CBAB/CABBIO), Embrapa, Sociedade Brasileira de Biotecnologia (SBBiotec) e Universidade Católica de Brasília (UCB) e reúne alunos de pós-graduação e cientistas brasileiros, argentinos, colombinados, paraguaios e uruguaios. A seleção dos participantes foi feita por meio da análise de formulário enviado à comissão organizadora do curso.
"Trata-se de um programa de integração regional que consolida os laços de cooperação entre o Brasil, Argentina, Colômbia, Paraguai e Uruguai para disseminar o uso da tecnologia de edição de genomas nas diferentes instituições envolvidas", explica a pesquisadora Fátima Grossi.
O curso fornecerá treinamento teórico-prático na tecnologia CRISPR (do inglês Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats), que utiliza a enzima Cas9 para cortar o DNA em pontos determinados por uma cadeia-guia de RNA. Utilizando uma metáfora, seria como a ferramenta localizar e substituir palavras do Word, em que primeiro é localizado o gene a ser editado e depois feita a alteração desejada. "Serão abordados os principais aspectos da técnica e sua aplicação no desenho experimental dos participantes em seus projetos de pesquisa", afirma a pesquisadora.
Descoberta em 2011, a tecnologia CRISPR permite introduzir características de forma precisa modificando o DNA sem precisar fazer uma planta transgênica. As aplicações na ciência agropecuária são as mais diversas: criar plantas resistentes a pragas, mais tolerantes à estresses ambientais (como frio e seca) e com menos componentes alergênicos são alguns exemplos do que pode ser feito utilizando-se a técnica.
O comitê organizador do curso é formado pelos seguintes pesquisadores: Maria Fátima Grossi de Sá; Elíbio L. Rech Filho, Eduardo Romano, Isabela Lourenço Tessutti e Marcos Basso (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia); Alexandre Nepomuceno (Embrapa Soja); Hugo B. C. Molinari, Thais Ribeiro Santiago e Karoline E. Duarte (Embrapa Agroenergia); Carolina Morgante (Embrapa Semiárido); Bruno Paes de Melo (UFV); Fabrício Arraes (UFRGS); Cíntia M. Coelho (UnB); Sergio Enrique Feingold e Gabriela Massa (INTA-AR).
Irene Santana (MTb 11.354/DF)
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
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