Livro apresenta controle biológico e biodiversidade para região neotropical
Livro apresenta controle biológico e biodiversidade para região neotropical
O livro Natural Enemies of Insect Pests in Neotropical Agroecosystems sobre controle biológico e biodiversidade funcional nas Américas Central e do Sul, organizado pelas professoras do Departamento de Entomologia da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Brígida Souza e Rosangela Marucci e pelo pesquisador do Instituto de Investigaciones de Sanidad Vegetal (INISAV), em Cuba, Luis Vázquez, foi lançado em janeiro de 2020.
Conforme os editores, apesar da megadiversidade de espécies conferir à região Neotropical elevado potencial de bioprospecção de agentes de controle biológico, o manejo de pragas com a utilização de inimigos naturais ainda é incipiente e o conhecimento gerado é disperso, não proporcionando, para essa parte do continente, a contextualização da realidade em ambientes diversificados.
A pesquisadora Deise Capalbo da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) participa do capítulo Bacillus thuringiensis, com María Elena Gutiérrez, Regina Arruda e Rodrigo Moraes. Ela explica que, em complemento ao uso indiscriminado de pesticidas – e seus impactos negativos – métodos ambientalmente mais seguros para o controle de pragas são necessários e vem sendo pesquisados e testados há anos, especialmente aplicáveis nos programas de manejo integrado de pragas (MIP). Como parte de tais programas, o uso de microrganismos (bactérias, fungos e vírus) tem se destacado, especialmente utilizando bactérias formadoras de esporos.
"A maioria delas pertence ao gênero Bacillus e os que mais vem mostrando resultados são as espécies de Bacillus thuringiensis (Bt) – frequentemente muito específico e que mostra baixa ou nenhuma toxicidade para vertebrados e insetos benéficos", esclarece a pesquisadora.
É a essa bactéria que o capítulo se dedica, apresentando informações sobre suas pesquisas e produção, enfatiza Deise. O objetivo foi apresentar os processos e parâmetros para a fermentação de Bt por tecnologias industriais, com outros aspectos da formulação, controle de qualidade e comercialização. Mas temas como manutenção da patogenicidade da cepa; variabilidade, mutabilidade e a facilidade de manipulação genética até mercado de produtos bioinseticidas são abordados e referenciados.
Além disso, no livro há um conjunto de informações relacionadas à funcionalidade da diversificação de plantas com foco na produção agrícola e controle biológico (conservativo e aumentativo); ao papel dos predadores, parasitoides e entomopatógenos na regulação de pragas em grandes culturas, pastagens, florestas, plantas ornamentais, hortícolas e plantas daninhas, e ao uso de microrganismos antagonistas no controle de doenças de plantas. A parte final aborda exemplos da integração do controle biológico com outras estratégias de Manejo Integrado de Pragas, resultantes de pesquisas realizadas na América Latina e Caribe.
São 42 capítulos, reunidos em mais de 500 páginas (acesse aqui), com a participação de 92 pesquisadores de 33 instituições de pesquisa e universidades de oito países latino-americanos.
A publicação pode ser adquirida tanto na versão impressa quanto e-book e também em capítulos separados. Para mais informações, basta acessar site da Editora Springer.
Cristina Tordin (MTB 28499)
Embrapa Meio Ambiente
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