Parceria com ONG Forest Trends apoia novos trabalhos em Terras Indígenas
Parceria com ONG Forest Trends apoia novos trabalhos em Terras Indígenas
Foto: Arquivo Embrapa
Atividade de identificação de solos para implantação de Sistemas Agroflorestais na TI Yawanawá (Tarauacá/AC)
Uma equipe composta por pesquisadores da Embrapa Acre e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e representantes da Forest Trends e de comunidades indígenas Suruí de Rondônia visitou a Terra Indígena Yawanawá do Rio Gregório, no município de Tarauacá (AC), no período de 17 a 22 de agosto.
A viagem é parte das articulações para efetivação de uma parceria envolvendo essas instituições e teve como objetivo a realização de atividades de intercâmbio para a troca de conhecimentos sobre sistemas agroflorestais (SAF´s) e plantas medicinais entre agentes agroflorestais e lideranças indígenas Yawanawá, Katukina e Suruí.
A Forest Trends é uma Organização Não Governamental que atua com populações tradicionais, desde 1998, apoiando iniciativas voltadas para o fortalecimento da produção, geração de renda para as famílias, desenvolvimento econômico local e conservação da floresta. Atualmente trabalha com comunidades indígenas do Acre e Rondônia.
Cooperação
No Acre, o trabalho da Forest Trends com os Yawanawá é intermediado pela Associação Yawanawá do Rio Gregório. Com o objetivo de ampliar as atividades e contribuir com a segurança alimentar nas aldeias, em abril deste ano, a Embrapa e a ONG assinaram Carta de Intenções com foco no desenvolvimento de ações para melhoria das atividades produtivas e no uso dos recursos naturais para fornecimento de serviços ambientais.
Os resultados das atividades de intercâmbio de conhecimentos entre os indígenas serão usados como subsídios para a elaboração de um Termo de Cooperação que deverá ser assinado entre a Embrapa, o governo do Estado e a Forest Trends para financiamento de um projeto que contemplará pesquisas com plantas medicinais, a serem executadas pela Embrapa, e ações de assistência técnica e extensão rural para apoio à implantação e condução de sistemas agroflorestais, realizadas pelo governo do estado, por meio da Seaprof e Sema, em parceria com a Embrapa.
Segundo o pesquisador da Embrapa Acre, Moacir Haverroth, responsável pelas pesquisas com indígenas no Acre, o novo projeto contemplará duas das nove aldeias que formam a Terra Indígena Yawanawá do Rio Gregório e acontecerá de forma articulada com os povos Suruí e Kaxinawá de Nova Olinda. As atividades com sistemas agroflorestais serão realizadas na aldeia Tibúrcio e visam potencializar a produção de alimentos e possibilitar o aproveitamento da floresta em iniciativas voltadas para o fornecimento de serviços ambientais, como alternativa de renda futura para as famílias.
As atividades com plantas medicinais vão priorizar a realização de inventário etnobotânico, na aldeia Sete Estrelas, como forma de gerar conhecimentos sobre esses recursos naturais e seus usos na medicina indígena. "As ações também serão desenvolvidas integradas com as atividades executadas na TI Sete de Setembro, do povo Paiter-Suruí, em Rondônia", acrescenta o pesquisador.
Outras ações com populações indígenas
Entre os dias 1º e 5 de setembro o pesquisador Moacir Haverroth e o chefe-geral da Unidade, Eufran Amaral, se reúnem com membros da Coordenação Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) na região do Juruá, sediada em Cruzeiro do Sul, para apresentar os resultados das pesquisas desenvolvidas durante o primeiro projeto executado na Terra Indígena Kaxinawá de Nova Olinda (Feijó/AC), informar sobre as ações a serem desenvolvidas durante a segunda fase da pesquisa e discutir estratégias para agilizar o processo de autorização para ingresso nas Terras Indígenas, como forma de viabilizar as atividades previstas.
"É importante que as autorizações emitidas pela Funai sejam formalizadas e concluídas em tempo hábil para a realização das atividades planejadas. O processo é lento, por isto precisamos definir mecanismos para dinamizar essa tomada de decisão e garantir o aspecto legal da pesquisa", explica Haverroth.
Durante a viagem os pesquisadores também visitam aldeias indígenas Poyanawas, no município de Mâncio Lima (AC), para acompanhar atividades de projetos aprovados pela Associação Indígena, voltados para a cultura da mandioca e produção de farinha, implantação de sistemas agroflorestais e piscicultura, entre outras atividades produtivas, executados em parceria com a Embrapa e instituições do governo local.
Diva Gonçalves (Mtb-0148/AC)
Embrapa Acre
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