06/09/22 |   Agroindústria

Turistas conhecem a versatilidade do caju

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Foto: Gean Rocha (estagiário)

Gean Rocha (estagiário) - Turistas paraguaios puderam avaliar produtos feitos à base de caju

Turistas paraguaios puderam avaliar produtos feitos à base de caju

Fruto tipicamente brasileiro, o caju é conhecido por ser um fruto bastante versátil, com diversas possibilidades de aproveitamento. Turistas nacionais e estrangeiros puderam conhecer um pouco desse rico universo de sabores em uma análise sensorial, promovida pela Embrapa Agroindústria Tropical na Pousada Ocas do índio, no município de Beberibe (CE). Foram avaliados cinco tipos de produtos: suco de polpa congelada, doce de caju, croquete recheado com fibra de caju, cajuína clara, e doce em pasta de caju.

Fátima Pucheta de Cruz, moradora da cidade de Encarnación, no Paraguai, teve seu primeiro contato com o caju durante o evento. “No Paraguai não existe essa fruta. Nós costumamos comprar a castanha no saquinho, mas o caju, tirado do pé, não. Todos os produtos aqui expostos são bons. Tem um gosto diferente, nunca tinha visto, nem comido, até agora”, explicou. 

O engenheiro mecânico Osmar Ortiz, que também é paraguaio, já conhecia o caju da época em que estudava em São Paulo. Ele afirma que na cidade de Assunção, capital do Paraguai, é comum encontrar a amêndoa do caju no mercado, exposta em embalagens de 500g. O engenheiro surpreendeu-se ao descobrir que o fruto do caju é a castanha, e não o pedúnculo. 

“Eu conheço o caju porque já estudei aqui no Brasil e gostei muito. Lá no Paraguai costumo comprar muito a castanha, mas nunca encontrei produtos assim, como o que eu experimentei aqui. Há diversos alimentos que podem ser feitos a partir do caju, mas costumamos comprar só a castanha mesmo. O pedúnculo dessa fruta, eu não sei na fronteira, mas em Assunção e Encarnação não se encontra”, afirmou.

A realização da análise sensorial despertou a curiosidade dos hóspedes, pois alguns deles não estavam habituados com os produtos avaliados, como foi o caso da carioca Selma Martines. “Eu sou do Estado do Rio, então a gente compra o caju lá e faz suco. A gente não tem esses produtos, pra mim é uma novidade. Não sei se é uma coisa boa eu ter feito essa experiência com vocês porque é a questão do paladar. Então quer dizer, o paladar é diferente. Nunca imaginei comer alguma coisa de caju salgada, como o croquete, mas gostei da ação proposta, muito bacana”, comentou. 

 

Entre percepções e novas sensações

Joel Cardoso, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical e coordenador do Inova Caju, afirma que o objetivo do evento foi avaliar a relação dos turistas com os produtos derivados do caju em relação ao odor, o sabor, a percepção e, principalmente, a intenção de compra. 

“A análise pretendeu captar a percepção de turistas de fora do Estado para a gente perceber como eles avaliam os produtos da terra, haja vista eles serem muito comuns para quem é daqui, mas que não são  necessariamente conhecidos pelo restante da população”, explica. 

De acordo com Ídila Araújo, técnica do laboratório de análises de alimentos da Embrapa Agroindústria Tropical, a ação “Na Onda do Caju”, também buscou apresentar aos turistas da região os produtos desenvolvidos à base de caju. A partir disso, a ideia é divulgá-los em empreendimentos turísticos e estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes e hotéis, fortalecendo dessa forma, a economia local.

Dentre os alimentos em exibição, o croquete de fibra de caju ganhou maior notoriedade entre os visitantes. De acordo com Hider Bantim, vendedor farmacêutico que estava presente no local, o croquete tinha gosto de bolinha de peixe, o que chamou sua atenção: “Quando se trata de caju, eu já provei porque sou da região, tipo aquele doce de caju, que era feito pela vó né?, esse eu conhecia. Todos me chamaram atenção, mas a bolinha de carne de caju tinha um gostinho de peixe com dendê, alguma coisa desse tipo, mas é tudo de carne de caju”.

 

Sobre o Inova Caju

A análise sensorial “Na Onda do Caju” foi realizada nos dias 26 e 27 de agosto, na Pousada Ocas do índio, na praia do Morro Branco, em Beberibe. A ação integra o projeto Inova Caju. O nome faz referência ao campeonato Open Brasil de Surfcasting, campeonato de pesca marítima cujos participantes estavam hospedados na pousada. O torneio ocorre anualmente e está em sua terceira edição. 

Ricardo Moura (DRT 1618 JPCE)
Embrapa Agroindústria Tropical

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Luiza Vieira (estagiária de jornalismo)
Embrapa Agroindústria Tropical

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