Dia do caju: conheça tecnologias geradas pela Embrapa
Dia do caju: conheça tecnologias geradas pela Embrapa
No Ceará, 12 de novembro é o Dia Estadual do Caju. A data, estabelecida pela Lei nº 271, de 2011, destaca a importância socioeconômica e cultural do fruto para o estado, o maior polo de cultivo do Brasil, e para a região Nordeste. No âmbito científico, a Embrapa Agroindústria Tropical trabalha para desenvolver inovações tecnológicas que fortaleçam as atividades da cadeia produtiva com sustentabilidade econômica, social e ambiental.
Além de desenvolver clones geneticamente melhorados, estabelecer técnicas para o manejo de pragas e doenças e para a nutrição das plantas, a Embrapa Agroindústria Tropical é detentora do maior e mais antigo banco dedicado à conservação da variabilidade genética do cajueiro do mundo: o Banco de Germoplasma de Cajueiro - BAG Caju, localizado no Campo Experimental de Pacajus, cidade da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Em funcionamento há mais de 50 anos, o BAG Caju apresenta uma coleção formada por mais de 700 acessos e disponibiliza uma base genética que vem sendo utilizada para auxiliar no desenvolvimento de cultivares para diferentes fins, ambientes e condições de cultivo. Seja em laboratório ou no campo, os estudos buscam catalogar, monitorar e preservar as melhores características da variabilidade genética do cajueiro.
Clones
Os 12 clones de cajueiro abriram rotas para a otimização econômica da cadeia produtiva. Atualmente, são disponibilizados dez clones de cajueiro-anão (precoce), um clone de cajueiro-comum e um híbrido entre eles. Um novo clone deve ser lançado nos próximos dias, o BRS 555, que é recomendado para o semiárido de altitude do Rio Grande do Norte. O novo clone apresenta boa aptidão para produção de castanha e pedúnculo para processamento industrial, produtividade elevada e resistência à broca do tronco.
A Embrapa tem ofertado ao mercado clones para o sistema de cultivo em sequeiro e irrigado, e clones para exploração de todos os produtos: castanha, para o processamento industrial da amêndoa; pseudofruto (pedúnculo), para o processamento da polpa; e do caju inteiro (pedúnculo com a castanha), para feiras e supermercados (consumo in natura).
Os clones foram obtidos através da introdução de plantas no programa de melhoramento genético, seguido de seleção fenotípica individual para as características agronômicas desejáveis e finalizados com avaliação clonal, bem como, seleção entre e dentro de progênies, policruzamentos e hibridações inter e intraespecíficas.
Do campo à indústria
Diversos processos e práticas agropecuárias sinalizam o protagonismo da Embrapa no crescimento da cajucultura. No campo, a Unidade apresenta, além dos clones, um amplo portfólio de métodos e inovações que possibilitam o cultivo do caju, como técnicas para o manejo fitossanitário, condução e nutrição das mudas. Na agroindústria, as minifábricas de castanha, o suco concentrado de caju e a cajuína microfiltrada são exemplos de soluções para a produção de alimentos. A fibra de caju desidratada é outra rota tecnológica para a valorização da cadeia produtiva, no sentido de prover para a indústria um ingrediente base que possa ser incorporado na linha de produção de alimentos que mimetizam proteínas de origem animal.
A Embrapa Agroindústria Tropical celebra no Dia do Caju o seu amplo leque de contribuições à cajucultura. Quer seja em laboratório, no campo ou na indústria, a Unidade trabalha no fomento de soluções tecnológicas imprescindíveis para a manutenção da atividade que é protagonista no cenário agroindustrial cearense e nordestino.
Verônica Freire (MTb 01125/JP)
Embrapa Agroindústria Tropical
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Lindemberg Bernardo - estagiário de jornalismo
Embrapa Agroindústria Tropical
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