O Brasil sofre com elevadas perdas pós-colheita para frutas e hortaliças ao longo das suas cadeias de produção e comercialização. Um dos principais problemas são as embalagens utilizadas atualmente para transporte e comercialização que não protegem os frutos e as hortaliças adequadamente agravando essas perdas. A partir dessa demanda, foi desenvolvido um projeto financiado pelo BNDES, com a parceria do Instituto Nacional de Tecnologia e o Instituto de Macromoléculas da UFRJ para o desenvolvimento de embalagens anatômicas para produtos hortifrutícolas. Essa tecnologia tem como destinatário as indústrias de embalagens, e como principais beneficiários os produtores rurais, o comércio varejista e packinghouses. Foram então desenvolvidas embalagens para a manga, mamão papaya, morango e caqui utilizando a tecnologia de escaneamento em 3D dos frutos. Isto possibilitou que as embalagens desenvolvidas fossem anatômicas, respeitando a forma e o tamanho dos frutos para facilitar o seu transporte, manuseio e exposição. As embalagens foram fabricadas contendo um compósito desenvolvido especificamente para esta finalidade, que em sua formulação contou com determinado percentual de fibra natural. Isso proporcionou o aumento da perecibilidade das embalagens. O projeto gerou 39 pedidos de privilégio no INPI dos quais 35 Desenho Industrial e 4 patentes, sendo 2 de Invenção e 2 de Modelo de Utilidade. A tecnologia de produção de embalagem já está foi transferida para empresas do ramo de fabricação de embalagens.