Rede Passitec Etapa II - Desenvolvimento tecnológico para uso funcional das Passifloras silvestres
Rede Passitec Etapa II - Desenvolvimento tecnológico para uso funcional das Passifloras silvestres
Foto: COSTA, Ana Maria
O Brasil é centro de diversidade do gênero Passiflora com mais de 150 espécies. Apesar dos diversos benefícios atribuídos ao gênero para a melhoria da saúde, apenas três espécies são utilizadas pela indústria. Dentre elas, somente o maracujá azedo (Passiflora edulis) atende ao mercado de alimentos. Com a finalidade de fornecer conhecimentos mínimos, porém suficientes, para que os frutos e folhas de outras espécies do gênero cheguem ao mercado consumidor na forma in natura e/ou processada, a Rede Passitec, em sua Etapa I (“Desenvolvimento tecnológico para uso funcional das Passifloras silvestres”), integrou diferentes áreas do conhecimento e gerou um conjunto de tecnologias sustentáveis para os elos da cadeia produtiva. A rede trabalhou, principalmente, as variedades de P. alata, P. setacea, P. tenuifila e P. nitida, resultantes das pesquisas da Rede de Melhoramento Genético do Maracujazeiro da Embrapa Cerrados. Foram geradas informações para a germinação de sementes e a obtenção de mudas, cultivo e produção, e feito levantamento de ocorrência de pragas e doenças. Na parte de química, realizou-se a quantificação e a caracterização de compostos de interesse funcional, fitoterápico e cosmético. Na área de pós-colheita e tecnológica, foram realizados estudos para definição de pontos de colheita de fruto das espécies P. tenuifila, P. cincinnata e P. setacea e estabelecidas as condições de processamento para a obtenção de ingredientes com aplicação na indústria de alimentos, de fitoterápicos e de cosméticos. Foram desenvolvidas formulações de alimentos ricos em fibras e antioxidantes testados quanto à aceitação sensorial. Também foram confirmadas propriedades benéficas para o sistema nervoso da polpa, endócrino e imune da P. setacea, cultivar BRS Pérola do Cerrado. Frente ao sucesso alcançado das Etapas I e II da Rede, em sua Etapa III pretende a continuidade dos estudos com as espécies de passifloras e a ampliação dos esforços para conhecimento e produção de outras espécies do Cerrado com foco no aproveitamento alimentar, fitoterápico e cosmético. Pretende-se a continuidade dos estudos para a definição do sistema de produção agrícola, da definição do ponto de colheita, condições de armazenamento dos frutos, produtos e ingredientes das espécies não lançadas pelo programa de melhoramento. Pretende-se, também, realizar mudanças nas escalas de produção dos ingredientes e produtos desenvolvidos nas etapas I e II da rede, em conjunto com o setor produtivo, com o propósito de apoiar a entrada dos novos produtos na cadeia de suprimento. Os resultados subsidiarão o registro de produtos de acordo com a legislação vigente. Para viabilizar as ações, a Rede conta com a colaboração efetiva de 49 instituições, incluindo as unidades da Embrapa e parcerias internacionais. O conjunto de resultados gerados pela Rede tem contribuído para favorecer a organização produtiva da cadeia de fornecimento das Passifloras silvestres, para favorecer o uso sustentado da biodiversidade e para a segurança alimentar, permitindo, ainda, opção de renda ao produtor rural, novas opções de ingredientes e produtos para a indústria e que a sociedade usufrua dos benefícios propiciados pelos alimentos promotores de saúde.
Ecossistema: Região dos Cerrados
Situação: concluído Data de Início: Sun Sep 01 00:00:00 GMT-03:00 2013 Data de Finalização: Sun Dec 31 00:00:00 GMT-03:00 2017
Unidade Lider: Embrapa Cerrados
Líder de projeto: Ana Maria Costa
Contato: ana-maria.costa@embrapa.br
Palavras-chave: alimento funcional, cultivo e produção, organização produtiva, bioprospecção, biotecnologia