Prospecção gênica e desenvolvimento de ferramentas biotecnológicas para o controle e monitoramento da dormência de macieira visando adaptação às mudanças climáticas.

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Foto: ZANELLA, Viviane

A macieira, como outras fruteiras de clima temperado, é induzida ao estado de dormência pelos primeiros frios do outono e necessita de um acúmulo intenso e regular de temperaturas baixas (abaixo de 7,2°C) para que as gemas brotem e se estabeleça um novo ciclo vegetativo e produtivo. De modo geral, mais de 90% da produção brasileira de maçã (1,2 milhão de toneladas em 2013) são de cultivares dos grupos 'Gala' e 'Fuji', as quais demandam, em média, 600 horas de frio para atingir uma produção sustentável. Todavia, na Região Sul do Brasil é comum a ocorrência de perdas de produção atribuídas à insuficiência de acúmulo de frio durante o período de repouso hibernal. Essa situação desfavorável tende a se tornar mais intensa, considerando-se as projeções de aquecimento global, que preveem aumentos de temperatura de 2°C a 5°C nas principais regiões de produção de maçã do Brasil. Com o atual cenário de cultivares e condições de cultivo, a confirmação dessas projeções poderá inviabilizar a produção nacional de maçã, cujo setor, além de suprir o mercado interno, hoje é responsável pela exportação anual de cerca de US$ 64 milhões em fruta fresca. A geração de cultivares adaptadas a uma realidade com menor disponibilidade de frio envolve, necessariamente, um avanço no conhecimento básico dos mecanismos biológicos de controle da dormência das gemas. Apesar de se ter conhecimento da ação de alguns fatores sobre o controle da dormência, ainda não se dispõe do conhecimento de como esses fatores se inter-relacionam e o que pode ser classificado como causa ou consequência. Diante disso, o projeto propõe concentrar esforços de modo sinérgico, multidisciplinar e multi-institucional, na integração de novas fronteiras do conhecimento em biologia avançada com o programa de melhoramento clássico, com o intuito final de gerar ferramentas biotecnológicas e auxiliar o desenvolvimento de novas cultivares adaptadas. O projeto em execução contempla as duas principais formas de mitigar os efeitos adversos da mudança climática na produção de maçã: a genética e o manejo. Além disso, modelos de simulação e predição do estado de dormência utilizando dados climáticos podem, também, auxiliar diretamente o produtor no manejo de pomares comerciais.

Situação: concluído Data de Início: Sat Mar 01 00:00:00 GMT-03:00 2014 Data de Finalização: Wed Feb 28 00:00:00 GMT-03:00 2018

Unidade Lider: Embrapa Uva e Vinho

Líder de projeto: Luis Fernando Revers

Contato: luis.revers@embrapa.br

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