A alface é uma das mais importantes hortaliças cultivadas no mundo. Até meados da década de 1980, o mercado consumidor preferiu a alface lisa, tendo havido, posteriormente, uma migração para o segmento de alface do tipo crespa. Devido à expansão das redes de fast-food, tem-se observado uma tendência do mercado consumidor de alface em elevar a demanda por cultivares de alface americana. Embora a oferta de alface de diversos tipos varietais seja diária, uma série de problemas agronômicos é vivenciada pelo setor produtivo. Nesse contexto, destacam-se os danos causados pelos patógenos e as perdas na produção por causa de estresses abióticos. Assim, as principais doenças da cultura no Brasil são: Lettuce mosaic virus (LMV), míldio, septoriose, vira-cabeça, fusariose e galhas provocadas por nematoides. Com referência aos estresses abióticos destacam-se a baixa tolerância ao calor, evidenciado pelo florescimento precoce e baixa germinação de sementes, além da alta demanda hídrica e do uso intenso de fertilizantes. Diante desse panorama, o projeto objetiva contribuir para a cadeia de valor da alface, por meio do lançamento de novas cultivares e da ampliação da base genética relativa à resistência a estresses abióticos e bióticos dos progenitores, a fim de gerar populações superiores. Os objetivos específicos são: 1) lançar cultivares de alface crespa com precocidade, resistência a fusariose e ampla adaptação a agroecossistemas brasileiros; 2) lançar cultivar de alface crespa com precocidade e adaptação ao sistema de produção hidropônico; 3) sintetizar linhagens endogâmicas recombinantes de alface de todos os tipos varietais; 4) obter linhagens pré-comerciais de alface americanas; e 5) ampliar a base genética dos progenitores de alface para resistência a estresses bióticos e abióticos.