O Rio de Janeiro é o sexto maior produtor de tomate do País, porém, nos últimos anos, tem sido observada uma queda da produção na região Centro-Sul fluminense, em função da incidência de pragas e do uso intensivo do solo. Para contornar o problema, este projeto pretende desenvolver bioinsumos com rizobactérias promotoras do crescimento do tomateiro, capazes de solubilizar fósforo e potássio e de produzir auxinas (ácido indolacético) que contribuam para o estado nutricional da planta em cultivos orgânicos ou em transição agroecológica.
A intenção de desenvolver um bioinsumo específico para o tomateiro seguiu-se a um ensaio realizado em plantas de tomateiro adicionadas com composto fermentado do tipo bokashi preparado com uma fonte de microrganismos para capturar microrganismos do solo, que promoveu uma redução visual nos sintomas de déficit de fósforo. Além disso, a inoculação de sementes é uma aliada no aprimoramento da sustentabilidade de sistemas agrícolas, e resultados recentes mostraram que inoculantes múltiplos ou preparados a partir de comunidades microbianas são capazes de proporcionar respostas mais estáveis frente a impactos bióticos e abióticos, como variações edafoclimáticas e ataques de fitoparasitas.