Unidade
Embrapa Meio Ambiente
Projetos
Detecção de adulteração em méis de abelha-sem-ferrão
O mel é um produto mundialmente conhecido e tradicionalmente utilizado há milhares de anos como adoçante natural, medicamento e alimento. Atualmente, são conhecidas mais de 20.027 espécies de abelhas produtoras de mel em todo mundo, das quais 1.831 (9,14%) ocorrem no Brasil. A criação de abelhas apresenta grande potencial de geração de renda para comunidades de menor poder econômico, por meio da venda de produtos apícolas como cera de abelha, própolis, mel e pólen, reduzindo a necessidade da exploração de outros recursos naturais e incentivando a preservação dos habitats naturais, que que são fundamentais para nidificação e alimentação das abelhas. Além disso, contribui também para o serviço ecossistêmico de polinização, essencial para a manutenção de diversas culturas agrícolas e manutenção da biodiversidade dos ecossistemas nativos.
No Brasil, a meliponicultura é uma atividade empreendida em quase todas as regiões, envolvendo pequenos, médios e grandes produtores. O país possui a maior diversidade de espécies de abelhas-sem-ferrão do mundo, o que proporciona um grande para comercialização de produtos como mel, pólen, própolis, cera, que têm grande valor de mercado comparado aos produtos da abelha Apis mellifera.
A técnica de manutenção das colônias de abelhas-sem-ferrão na meliponicultura inclui a alimentação artificial, que consiste em uma mistura de água e açúcar cristal (1:1), batida em liquidificador, conhecida como xarope de sacarose, utilizada como substituto do néctar durante o inverno. O produto resultante dessa alimentação artificial não pode ser considerado um mel puro, pois não é produzido a partir de néctar. Entretanto, esse tipo de “mel” produzido a partir do xarope é comumente comercializado, muitas vezes como um substituto total ou parcial do mel puro, devido à ausência de protocolos que comprovem a autenticidade do mel de abelhas-sem-ferrão. Adicionalmente, a variação em qualidade e tipicidade do mel de abelhas-sem-ferrão, devido à espécie, origem botânica e distribuição geográfica, dificulta ainda mais a padronização, rastreabilidade e certificação deste produto. Por sua vez, o mel obtido de abelhas Apis ( A. mellifera), é um produto amplamente padronizado e possui métodos de referência para a comprovação da sua autenticidade.
Para alcançar o objetivo deste projeto, que é desenvolver ferramentas para avaliar a autenticidade do mel de abelha-sem-ferrão produzido no Brasil pelos entrepostos, serão desenvolvidas três metodologias técnico-científicas. Estas incluem a criação de modelos de classificação para identificação da espécie de abelha-sem-ferrão que originou o mel, a detecção de adulterações utilizando mel de abelhas alimentadas com xarope de sacarose, e o desenvolvimento de método para identificar marcadores entomológicos com base nas sequências de determinados genes no mel das de três espécies de abelhas-sem-ferrão.
Adicionalmente, pretende-se obter marcadores moleculares entomológicos para mel de abelha-sem-ferrão, considerando sua natureza como um ativo de base biotecnológica. Esses quatro ativos pré-tecnológicos poderão ser prontamente adotados pelo Entreposto e incorporados ao portfólio de serviços da empresa parceira, incrementando assim a entrega de valor do seu produto para os clientes da cadeia de meliponicultora. Isso permitirá garantir a qualidade do mel de abelhas-sem-ferrão, viabilizando sua certificação e rastreabilidade.
No Brasil, a meliponicultura é uma atividade empreendida em quase todas as regiões, envolvendo pequenos, médios e grandes produtores. O país possui a maior diversidade de espécies de abelhas-sem-ferrão do mundo, o que proporciona um grande para comercialização de produtos como mel, pólen, própolis, cera, que têm grande valor de mercado comparado aos produtos da abelha Apis mellifera.
A técnica de manutenção das colônias de abelhas-sem-ferrão na meliponicultura inclui a alimentação artificial, que consiste em uma mistura de água e açúcar cristal (1:1), batida em liquidificador, conhecida como xarope de sacarose, utilizada como substituto do néctar durante o inverno. O produto resultante dessa alimentação artificial não pode ser considerado um mel puro, pois não é produzido a partir de néctar. Entretanto, esse tipo de “mel” produzido a partir do xarope é comumente comercializado, muitas vezes como um substituto total ou parcial do mel puro, devido à ausência de protocolos que comprovem a autenticidade do mel de abelhas-sem-ferrão. Adicionalmente, a variação em qualidade e tipicidade do mel de abelhas-sem-ferrão, devido à espécie, origem botânica e distribuição geográfica, dificulta ainda mais a padronização, rastreabilidade e certificação deste produto. Por sua vez, o mel obtido de abelhas Apis ( A. mellifera), é um produto amplamente padronizado e possui métodos de referência para a comprovação da sua autenticidade.
Para alcançar o objetivo deste projeto, que é desenvolver ferramentas para avaliar a autenticidade do mel de abelha-sem-ferrão produzido no Brasil pelos entrepostos, serão desenvolvidas três metodologias técnico-científicas. Estas incluem a criação de modelos de classificação para identificação da espécie de abelha-sem-ferrão que originou o mel, a detecção de adulterações utilizando mel de abelhas alimentadas com xarope de sacarose, e o desenvolvimento de método para identificar marcadores entomológicos com base nas sequências de determinados genes no mel das de três espécies de abelhas-sem-ferrão.
Adicionalmente, pretende-se obter marcadores moleculares entomológicos para mel de abelha-sem-ferrão, considerando sua natureza como um ativo de base biotecnológica. Esses quatro ativos pré-tecnológicos poderão ser prontamente adotados pelo Entreposto e incorporados ao portfólio de serviços da empresa parceira, incrementando assim a entrega de valor do seu produto para os clientes da cadeia de meliponicultora. Isso permitirá garantir a qualidade do mel de abelhas-sem-ferrão, viabilizando sua certificação e rastreabilidade.
Situação: em execução Data de Início: Sun Oct 01 00:00:00 GMT-03:00 2023 Data de Finalização: Tue Sep 30 00:00:00 GMT-03:00 2025
Unidade Lider: Embrapa Meio Ambiente
Líder de projeto: Aline Telles Biasoto Marques
Contato: aline.biasoto@embrapa.br