De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), um quarto das emissões nacionais de gases de efeito estufa (GEE) provém de atividades agropecuárias, sendo que 93% do CH4 emitido têm como fonte a fermentação entérica. Apesar disso, a agropecuária praticada dentro de determinados padrões de manejo pode resultar em uma menor emissão de GEE. O projeto GeoPecus tem por objetivo a aplicação de geotecnologias para o entendimento das relações de causa e efeito entre as atividades agropecuárias e os processos de emissões de gases de efeito estufa nos Biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa. As geotecnologias são ferramentas importantes para espacializar e monitorar os recursos naturais, as atividades antrópicas, como a pecuária, e as consequências dessas atividades. O projeto está inserido na rede de pesquisa Pecus, que trata da dinâmica de gases de efeito estufa em sistemas de produção da agropecuária brasileira e visa embasar políticas públicas e alternativas de mitigação. Os objetivos específicos do projeto GeoPecus tem diferentes escalas de abordagem e estão em sincronia com os demais projetos que compõem a rede de pesquisa. A atualização dos mapas de pastagens contempla o território nacional e serve como plataforma de informação para os estudos de modelagem de processos e avaliações socioeconômicas. A caracterização espectrotemporal abrange campos experimentais e contempla o desenvolvimento de métodos para a identificação do status das pastagens em escala regional, podendo subsidiar estudos de estimativas de estocagem potencial de carbono em situações onde exista déficit (pastagens degradadas). A avaliação da variabilidade espacial é desenvolvida em escala local, discutindo e apresentando a espacialização da dinâmica do carbono nos sistemas de produção. Como resultados, o projeto oferece a atualização do mapa de pastagens cultivadas do Brasil; a caracterização espectral e temporal da cobertura vegetal nas áreas amostrais por meio de técnicas de sensoriamento remoto, gerando cartas, mapas e similares; as bases de dados meteorológicos e de perfis temporais do índice de vegetação das áreas amostrais; as bases de dados dos valores estimados de biomassa vegetal das áreas de estudo; os mapas de variabilidade espacial da dinâmica de carbono nos sistemas de produção; um sistema de informação geográfica (SIG) consolidando as informações e os dados obtidos nos diferentes planos de ação da rede de pesquisa Pecus; e ainda um WebGIS disponibilizando mapas dinâmicos na internet. Mais informações, acesse: http://www.cnpm.embrapa.br/projetos/geopecus/