O projeto propõe alavancar um programa incipiente de produção de mudas de mandioquinha-salsa a partir de matrizes indexadas para pragas, obtidas pelo cultivo de ápices caulinares “in vitro”. A mandioquinha-salsa é um alimento produzido em cerca de 20 mil hectares, com produção em torno de 200 mil toneladas anuais. É uma raiz de origem andina, introduzida no Brasil no início do século 20 e é cultivada majoritariamente por produtores de base familiar. É utilizada no consumo fresco e no preparo de alimentos infantis industrializados, como fonte de amido de alta digestibilidade. Comercialmente, a mandioquinha-salsa é propagada vegetativamente. Em função disso, ocorre a multiplicação e o acúmulo de patógenos degenerativos, principalmente vírus. Outro aspecto relevante deste projeto é o foco no desenvolvimento concomitante de estratégias de indexação de matrizes com testes de maior sensibilidade e rapidez e de um processo contínuo de caracterização de pragas que ocorrem na cultura. Assim como ocorre com alho, batata e morango, dentre outras culturas, a tecnologia de produção de mudas a partir da cultura “in vitro” de ápices caulinares possibilitará a limpeza clonal com a obtenção de matrizes sadias. Com isso, será possível a produção de mudas com alta qualidade sanitária e fisiológica. Espera-se, portanto, obter um incremento produtivo e redução de custos. Além disso, um programa de produção de material propagativo a partir da cultura de tecidos é a única forma de assegurar, com responsabilidade, o intercâmbio de germoplasma. Esta tecnologia inclui, no seu desenvolvimento, o domínio de técnicas mais modernas e ágeis de indexação, bem como o estabelecimento de uma rotina de identificação de vírus que ocorrem na cultura no Brasil.