Os produtores de base familiar de caqui do município de Sumidouro-RJ apresentam consideráveis perdas quantitativas de produção e problemas de qualidade pós-colheita, que fazem com que o preço pago pelos frutos comercializados seja menor que dos frutos provenientes de outros estados produtores e comercializados na CEASA-RJ. A falta de qualidade dos caquis produzidos torna-se uma barreira para o avanço da caquicultura na região. Verifica-se que a cadeia produtiva do caqui necessita se organizar e se capacitar, tendo acesso a informações técnicas que possam melhorar a qualidade da matéria-prima e as condições de transporte e armazenamento entre o campo e os pontos de comercialização. Embora a produtividade do estado do Rio de Janeiro tenha sido a maior do Brasil no ano de 2005, a falta de qualidade e a condução ineficiente da cultura proporcionam um produto final de baixa qualidade e pouco competitivo, o que agrava ainda mais a situação dos produtores. Além disso, a falta de opção tecnológica para agregar valor aos frutos contribui muito para a pouca rentabilidade da cultura no auge da safra, quando é grande a oferta e os preços caem no mercado atacadista. Este projeto desenvolveu tecnologias e compartilhou conhecimentos técnico-científicos, que permitiram aos agricultores e empresários do setor tornarem seus empreendimentos viáveis, através do acesso à informação de manejo da produção, conhecendo as alternativas tecnológicas existentes para comercialização de caquis in natura e agroindustrializados. O projeto é resultante de uma parceria entre a Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Agrobiologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRuralRJ), através do seu Instituto de Agronomia, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ-SP, e Empresa de Assistência Técnica Extensão Rural do Rio de Janeiro - EMATER-RJ, através do seu escritório técnico de projetos da região serrana em Nova Friburgo-RJ, além do apoio dos produtores de caqui de base familiar do município de Sumidouro-RJ. Este projeto abrangerá a região serrana do estado do Rio de Janeiro. Esta região apresenta, como particularidade, sistemas de produção de agrícola de pequeno porte, que exige a geração e a adaptação de tecnologias distintas e voltadas para agricultura de pequena escala.