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Genótipos de batata-doce são avaliados para produção de chips
Com o objetivo de verificar a viabilidade e aceitação de diferentes genótipos de batata-doce para produção de chips, a Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) promoveu no dia 17 de maio último uma análise sensorial da hortaliça, apresentada de forma processada, com a participação dos públicos interno e externo. A análise foi realizada no Laboratório de Ciência e Tecnologia de Alimentos (LCTA) da Unidade, após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisas em Seres Humanos (CAAE: 50374115.60000.5595).
Cada participante recebeu seis amostras de chips de batata-doce e uma ficha de avaliação sensorial contendo questões envolvendo aparência, cor, sabor, textura e apreciação global das amostragens identificadas por números – a cada degustação, o número correspondente era assinalado nos espaços referentes à aceitação (total, moderada ou parcial) e de rejeição (total, moderada ou parcial).
Uma ação do Projeto de Melhoramento Genético de Batata-Doce da Embrapa Hortaliças, a avaliação teve como ponto de partida as frequentes demandas recebidas pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão da Embrapa (SAC) sobre a escolha da melhor cultivar de batata-doce para produção de chips. Ancorada na leitura das informações contidas nas fichas de avaliação, a ideia é facilitar a indicação das cultivares mais apropriadas para produção de chips e relacionar com as informações que serão obtidas a partir das análises de qualidade pós-colheita e de composição química.
"Nesse momento, queremos saber qual a melhor cultivar para fritura visando a produção de chips, mas como a batata-doce é uma hortaliça com várias aptidões, alguns genótipos poderão ser selecionados para outros fins", explica o pesquisador Geovani Amaro.
Incluída no portfólio das hortaliças trabalhadas pela Unidade desde a década de 80, a batata-doce teve seis cultivares lançadas até agora – Brazlândia Roxa, Brazlândia Roxa, Brazlândia Branca, Coquinho, Princesa e Beauregard. O tempo passou, as demandas cresceram e tornaram-se mais exigentes. Conforme o pesquisador, o mercado hoje é mais seletivo na aparência, na cor e no sabor. "A preferência divide-se entre batata-doce de polpa alaranjada, branca ou amarela, de casca roxa ou branca, de formato fusiforme ou alongado, daí a necessidade de serem desenvolvidos genótipos com essas características".
Essas demandas do mercado levaram a pesquisadora Larissa Vendrame, líder do Programa de Melhoramento Genético de Batata-Doce, a sugerir a realização de cruzamentos para gerar variabilidade genética e obter novos genótipos que possam agregar, por exemplo, resistência às principais pragas e doenças e que apresentem características desejáveis, tanto na parte agronômica como na culinária.
MULTIUSO
Para a pesquisadora, além de ser uma hortaliça importante na questão da segurança alimentar e do baixo custo de produção, nos últimos anos ela também se destacou no quesito nutricional, por ter baixo índice glicêmico, e sua energia ser liberada mais lentamente no organismo, o que explica a sua recomendação nas dietas de restrição de calorias e a praticantes de exercícios físicos, devido à sensação de saciedade.
Ela acrescenta que além dessas qualidades, e de acordo com algumas notícias divulgadas sobre o assunto, a sua rusticidade e qualidade nutricional chamaram a atenção da NASA, agência espacial americana, que teria incluído a batata-doce na dieta dos astronautas e em futuras missões espaciais. (https://blogs.nasa.gov/spacestation/2014/11/24/high-flying-turkey-on-station-crews-thanks giving-menu/)
EQUIPE
A análise sensorial de chips de batata-doce contou com mais de 50 participantes, entre funcionários da Embrapa Hortaliças e estudantes. Coordenaram o estudo os pesquisadores Larissa Vendrame, Geovani Amaro, Iriani Maldonade, Carlos Ragassi, o professor José Ricardo Peixoto e a doutoranda da Universidade de Brasília (UnB) Rosa Maria de Sousa.
Anelise Macedo (MTB 2.749/DF)
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