Deixando tudo como estava...
No dia seguinte, ao voltarem ao córrego as crianças confirmaram que o aspecto dele continuava o mesmo, o que as deixou bem entediadas... Afinal, o que elas queriam mesmo era tomar banho na cachoeira...
Assim, e por mais que procurassem se entreter com outras brincadeiras, Amai, Arthur e Estela sempre voltavam a pensar no pequeno córrego e em sua cachoeira.
Por fim, Estela perdeu a paciência, e, juntamente com os amigos, decidiu que tinham de fazer algo para mudar a atual situação do córrego, a cada dia mais degradado.
- Gente, acho que podemos pelo menos informar os nossos pais sobre o que está ocorrendo com o córrego, pois eles podem nos ajudar a buscar soluções para o problema. O que acham disso? - interrogou por fim, a menina, com voz bem decidida.
- Concordo com você, Estela! - exclamou Arthur, para depois continuar. - É verdade que o estrago piorou, mas isso só mostra que o problema está se tornando maior dia a dia, e pode atingir o rio em que o nosso córrego deságua.
- Certamente a fonte da poluição está em algum lugar córrego acima, e isso só mostra que devemos subi-lo se quisermos descobrir o que está acontecendo e fazer algo a respeito, nem que seja apenas para evitar que a sujeira do córrego escorra para o rio. - completou Arthur.
- Mas não podemos fazer isso sozinhos - advertiu Amai. - Precisamos da permissão e da companhia dos adultos para subir o córrego.
- Isso porque - continuou a menina - essa aventura nos obrigará a entrar em terras de outros vizinhos, que não as do pai da Estela; e certamente nos levará ao desconhecido... E esse desconhecido pode nos expor a um monte de perigos: insetos que picam, cobras venenosas, barrancos que desabam e pedras escorregadias.
Assustados com as conclusões a que Amai chegara, os três amigos se entreolharam, pensativos, sem saber ao certo qual a melhor coisa a fazer.
E você leitor, o que faria se estivesse no lugar dos três garotos?