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Padrão de identidade e qualidade do óleo de híbrido interespecífico de palma brasileiro

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Foto: Rosa, Ronaldo

O óleo de híbrido interespecífico de palma (HIE) é produzido no Brasil e difere do óleo de palma (dendê) pelos elevados teores de ácido oleico, carotenoides e tocotrienóis, que conferem elevado valor nutricional além de apresentar menor acidez, que o torna favorável para consumo direto sem refino. A produção nacional deste óleo está ao redor de 7.000 toneladas por ano, com potencial para chegar a 40 mil toneladas anuais nos próximos anos. O cultivo deste híbrido é uma alternativa em áreas nas quais a palmeira africana (dendê ou palma) foi dizimada por pragas, e a caracterização da qualidade superior do óleo de híbrido justifica a recuperação destas áreas. A definição do Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) do óleo de híbrido de palma está em discussão no Codex Alimentarius, o que requer resultados de composição do óleo que foram obtidos na Embrapa Agroindústria de Alimentos, de 2017 a 2018, com análise de 184 amostras. Estes resultados foram enviados a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que representa o Brasil no Codex Alimentarius. Todos os resultados do óleo brasileiro foram incorporados ao padrão que se encontra em etapa final de aprovação. Após a adoção do PIQ pelo Codex, este óleo terá oportunidade de inserção no mercado internacional de óleos comestíveis e de cosméticos, de maior valor agregado. O óleo de HIE apresenta menor teor de ácidos graxos saturados e maior em ácido oleico, em relação ao óleo de palma, características favoráveis quanto à redução de risco de doenças cardiovasculares. Uma colher de sopa deste óleo supre as necessidades diárias de vitamina A, devido à presença de carotenóides e, além disso, apresenta elevados teores de tocotrienóis, considerados como a vitamina do século 21, pela atividade antioxidante e pela redução de risco de ocorrência de diversas doenças. Os teores de carotenóides e tocotrienóis do óleo estão entre os mais elevados já encontrados em alimentos. Foi desenvolvida metodologia técnico-científica específica para a análise simultânea de carotenóides e tococromanóis, e as informações foram organizadas de forma a apoiar os comitês nacionais e internacionais no estabelecimento do PIQ. O processo de obtenção do óleo é por prensagem e, para manter seu valor nutricional, o refino deve ser evitado pois destrói os compostos bioativos. O óleo do híbrido apresenta sabor menos acentuado que o óleo de dendê, em virtude da menor acidez, mas seu sabor e aroma podem causar restrições de consumo. O destaque inclui a aromatização/saborização do óleo, processo simples e de baixo custo, que permite seu uso sem refino e com potencial para agregar valor ao produto, que aumentou sua aceitação sensorial em mais de 20%.Este resultado dá visibilidade junto ao consumidor quanto a qualidade e valor nutricional, agregando valor ao produto, e a adoção do processo de aromatização/saborização poderá diversificar seu mercado. O aumento do mercado do óleo implicará em aumento de área de cultivo que tem sido realizado em áreas dizimadas por doenças que atacaram a cultura do dendê.

Situação: concluído Data de Início: Tue Jan 01 00:00:00 GMT-03:00 2019 Data de Finalização: Tue Apr 30 00:00:00 GMT-03:00 2019

Unidade Lider: Embrapa Agroindústria de Alimentos

Líder de projeto: Rosemar Antoniassi

Contato: rosemar.antoniassi@embrapa.br

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